quarta-feira, março 2

Manifesto de Uma Parva

É verdade. Sou parva. Segundo a Maria Filomena Mónica, todas as portuguesas o são. O que a mim me chateia ( e desculpem se este assunto a vocês não vos diz nada, mas como única miúda no blog tinha de falar) é que hoje, em pleno século XXI, querer dedicar a vida à família seja "pecado".

"Algumas raparigas ainda parecem pensar que a sua única função no Universo consiste em desempenhar os papéis de esposas devotadas, seres paranoicamente ocupados com a limpeza do pó e mães tão excelsas quanto a Virgem Maria." O que a mim me choca, sinceramente, é que as mulheres de hoje não possam optar. São discursos como este (mas não só) que contribuem para que as mulheres tentem dividir-se entre "arrumar a casa, a cozinhar pratos requintados e a vigiar a despensa (...); ser boas na cama, profissionais competentes e estrelas nos salões".

Porque a sociedade só reconhece como bem sucedida a mulher que tenha carreira e seja Mãe. Porque não são só as que optam pela carreira que ouvem que a sua vida é vazia por não terem filhos, também aquelas que optam por serem mães a tempo inteiro são recriminadas.

Ainda não sou mãe, nem avó. Mas tenho no sangue os genes de quem um dia abdicou de uma carreira para ser mãe e mulher. Dedicou a sua vida a pôr um bocadinho de felicidade na vida dos que a rodearam. E foi feliz com isso. Bem mais do que a Maria Filomena Mónica e os seus discursos rezingões...

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