segunda-feira, fevereiro 6

Símbolos

Sempre me irritaram os símbolos. Coisas, sem valor real, mas que valem imenso devido ao link psicológico que representam. Não sei se é por não ter tido uma educação religiosa, ou, simplesmente, não ter afinidades ideológicas com qualquer tipo de organização, a verdade é que as questões simbólicas me passam um pouco ao lado. Por isso nunca entendo muito bem a indignação que cartoons e afins causam. Como nunca percebi porque é que o Herman foi censurado pelo gozo da última ceia. Também nunca me chateei com pessoal que queima bandeiras e cospe para fotografias - bem, também não conheço ninguém que tenha feito isso.

O que a mim me chateia, e muito, é que directores de jornal percam o emprego por terem sentido de humor. O que a mim me chateia é teatrealidade da revolta. E mais. Chateia-me que, por estas e por outras, não se goze mais. Acredito piamente que o humor não é ofensivo, que é possível rir de tudo. Por isso me surpreendi com as reacções a isto. Foram, no mínimo, ridículas.

Ah, e chateia-me que os deuses católicos, judeus, hindus, taoistas e afins, não sejam também gozados imensamente gozados.

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