sábado, julho 30

Claríssimo exagero

Toda a gente sabe que nós só usamos este blog para pegar nas coisas em que acreditamos e depois a exagerar ao máximo. Eis o que vou voltar a fazer.

Para que se respeitem as permissas mais básicas do estado de direito, para que não se mate alguém sem o mínimo de razão ou de suspeita sustentada de que ele se prepara para matar outra pessoa (o que, no caso de um terrorista, não acontece até se vislumbrar a bomba ou o detonador que ele se prepara para activar)
é preferível que morram inocentes a que se matem inocentes.
A regra é completamente estúpida, volto a repetí-lo, mas não pode deixar de ser assim, sob risco de subvertermos tudo aquilo para que estamos a lutar, sob risco de nos transformarmos em extremistas, que vivem do e no medo, que matam indiscriminadamente.

Os princípios têm esta coisa chata. Servem para ser defendidos até quando podem resultar em tremendas injustas, se bem que inocentes, como a morte de centenas ou até de milhares às mãos de um terrorista só porque não se tinha a certeza absoluta de que não se estava a matar um inocente.
Os princípios dão sentido e justificação e beleza à História. Derrotá-los é derrotar-nos.
Sem eles, não vale a pena ganhar.

Miguel Maia

1 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

"O jovem foi abatido na estação de metro de Stockwell, em Londres: brasileiro estava sentado no metro quando foi morto
2005/08/17 | 07:16
Inquérito revela série de erros na morte de Jean Charles Menezes, abatido por engano pela polícia britânica que o confundiu com um terrorista

O brasileiro Jean Charles Menezes, morto por engano pela polícia britânica, que o confundiu com um terrorista, estava sentado numa das carruagens do metropolitano quando foi abatido a tiro, revelou a estação de televisão britânica ITV.

Uma série de erros terá conduzido à morte do brasileiro, abatido pela Scotland Yard no âmbito do inquérito sobre os atentados frustrados de 21 de Julho em Londres, segundo documentos revelados terça-feira pela ITV.

Segundo documentos da Comissão Independente que está a investigar a morte do jovem brasileiro, citados pela ITV, Jean Charles de Menezes entrou na estação de metro de Stockwell (sul de Londres) com um bilhete e não saltou as barreiras de segurança, como foi inicialmente divulgado pela comunicação social.

A polícia britânica indicou inicialmente que o jovem de 27 anos não tinha obedecido à ordem das autoridades para parar e que os polícias o perseguiram na estação de Stockwell, um dia depois dos atentados "falhados" de 21 de Julho nos transportes londrinos.

Terça-feira à noite, a ITV, citou uma testemunha, um homem que estaria sentado em frente de Menezes na carruagem do metro e que contou: «De repente, entraram polícias (na carruagem) e, olhando para o brasileiro gritaram: Polícia!».

Segundo a testemunha, quando o jovem brasileiro fez o gesto de quem se ia levantar, um dos polícias imobilizou-o e outro disparou oito tiros à queima-roupa, sete na cabeça e um no ombro. Outras três balas foram disparadas para o chão.

Um dos advogados da família do jovem brasileiro condenou a actuação da polícia britânica."

Esta responde à primeira questão do Mestre Tosta.

Quanto à segunda questão, sugiro ao mesmo mestre que se informe. A PSP já negou a existência de um arrastão em Carcavelos (porque foi que o declarou continua um mistério!), quanto ao do Bairro...não me posso pronunciar! Eu é mais Bica...

Informe-se, ó Tosta!

8/17/2005 12:28 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial