quarta-feira, agosto 3

A Difícil Arte de Pensar

O nosso povo é um povo preguiçoso. Trabalhar não é connosco, pois claro "se os malandros não trabalham, porque é que eu hei-de trabalhar...". E também não pensam, muito menos politicamente.

Já aqui escrevi sobre esta temática, pois é coisa que me angustia por demais. Continuamos a encarar a política com a mesma leveza com que encaramos um jogo de futebol. Num determinado momento da nossa vida vestimos a camisola, assumimos uma fé e arrumamos o assunto.

O que me faz espécie é que, uma vez o assunto arrumado, não voltamos a pensar nas coisas. E por isso temos o país que temos. Não oiço ninguém dizer se o Carrilho é melhor que o Carmona, muito menos porquê. Só oiço "gosto deste, odeio aquele, matem o outro". O mesmo em relação a Cavaco e Soares. O mesmo em relação ao Governo - gosto particularmente das vozes que agora se levantam para apedrejar (com razão) a Ota e o TGV, mas que cuidadosamente estiveram calados nas medidas do Campos e Cunha (ou então também disseram mal, porque o que interessa é dizer mal do adversário...).

Enfim, às vezes gostava de falar, só por falar destas coisas. Pensar. Raciocinar sobre o que de facto é melhor. É que acho, que nisto da política, como em quase tudo, não há como raciocinar e provar para chegar à verdade.

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