segunda-feira, janeiro 12

Gaza II

Não percebo como é que é possível, a esta distância, ter um posicionamento em relação ao conflito de Gaza. Tudo bem que, se o exército de Israel fizesse a Lisboa (estou-me um bocado nas tintas para o resto do país) metade do que fez às pessoas em Gaza, também pensaria em formas mais ou menos sádicas de os torturar.

Mas, por outro lado, se tivesse nascido a 27 de Setembro de 80 no seio de uma família Israelita e tivesse medo de ir à padaria, porque o Hamas anda por aí, também não me importava nada que o meu exército entrasse a matar (literalmente) pela faixa de Gaza adentro.

Parece-me, e acho que não vou dizer nada de extraordinário, que a quem não está por dentro do conflito, cabe o difícil papel de não tomar partidos. E, em última análise, acabar de vez com aquele pedaço de terra maldita.

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