segunda-feira, março 28

Isenção

Gosto quando o Maia é isento. Aposto que o post anterior não tinha nada a ver com a vida dele, com a sua experiência pessoal. Apesar de a tua larga experiência de vida o sugerir, não me parece que a culpa do "estado do país" seja dos estudantes, preguiçosos ou não. Dos pais dos estudantes, talvez. Do facto dos pais deles terem sido criados numa ditadura, talvez. Mas os estudantes não passam da ponta do iceberg.

Afinal quem são os bons? Aqueles que devem ser separados do joio? Os bons alunos? Aqueles que têm boas notas? Não me parece. Muitas vezes os melhores alunos são pessoas absolutamente insuportáveis (não, Miguel, não estou a falar de ti, mas ambos conhecemos exemplos de pessoas assim...). Serão então os mais inteligentes, aqueles a quem devem ser dadas as melhores oportunidades? Também não me parece. Os mais inteligentes, nem sempre são os mais trabalhadores ou os mais competentes. Ficamos reduzidos ao eterno critério de ambiguidade os "bons" versus os "maus", sem saber muito bem o que pôr num lugar ou noutro.

Acho que o problema é da vida em geral. Nem sempre é justa. Mas também sou sincera: nunca vi ninguém que dê o litro a não ir a lado nenhum. É verdade que há uns sortudos que volta e meia recebem umas borlas, mas não é nada que os outros, se quiserem mesmo, não consigam. O mal é estar sempre tudo à espera das borlas. E ficar revoltado quando elas não chegam. Este é que, para mim, é um dos males do país...

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