Proponho:
Números Clausus de entrada nos Cursos de Carácter Geral no 10º ano.
Só quem der mostras, pelas notas que vai tendo até ao 9º, de ter vontade de trabalhar devia poder entrar nos cursos que dão acessos mais garantidos às Universidades. Aposto que os paizinhos (principalmente os das gerações do nossos irmãos mais velhos, para quem os tem) já vão conseguindo perceber a importância de manter os filhos em boas escolas, que lhes dêem boas hipóteses de futuro.
Lamento se as notas são a única maneira e reconheço perfeitamente que um médico de 16 seja bem mais humano e igualmente conhecedor que uma aberração de 18,5 valores... mas pelo menos 16 tem que ter.
O regresso ao sistema de Escolas Profissionais e a valorização do diploma de 12º Ano. Não é por nada que, em França, as Hautes Écoles Spécialisées são mais recomendadas que as Universidades. Não há nada de mal com uma visão mais hands on approach à educação e nem toda a gente tem que ter uma carreira académica. Isso não implica que tenha que haver muito mais gente com cursos de nível superior em Portugal.
Desengane-se quem pensa que temos um país de Doutores e Engenheiros... Estamos desgraçadamente em último da média europeia, incluindo os novos países do Centro e Leste. E quando digo desgraçadamente, digo ao nível de países como a Turquia, o Uruguai ou a Indonésia, com menos de metade da Holanda, da Finlândia ou da Irlanda.
Estes são os dados da OCDE para 2002 e para a população entre os 25 e os 34 (os formidáveis Filhos do 25 de Abril)... Agora não me venham com histórias de economia e de finanças que, depois de 10 anos de Cavaco Silvismo e 2 de Ferreira Leitismo, não tenha a mínima paciência para insultos à minha inteligência.
Carlos Miguel Maia
Só quem der mostras, pelas notas que vai tendo até ao 9º, de ter vontade de trabalhar devia poder entrar nos cursos que dão acessos mais garantidos às Universidades. Aposto que os paizinhos (principalmente os das gerações do nossos irmãos mais velhos, para quem os tem) já vão conseguindo perceber a importância de manter os filhos em boas escolas, que lhes dêem boas hipóteses de futuro.
Lamento se as notas são a única maneira e reconheço perfeitamente que um médico de 16 seja bem mais humano e igualmente conhecedor que uma aberração de 18,5 valores... mas pelo menos 16 tem que ter.
O regresso ao sistema de Escolas Profissionais e a valorização do diploma de 12º Ano. Não é por nada que, em França, as Hautes Écoles Spécialisées são mais recomendadas que as Universidades. Não há nada de mal com uma visão mais hands on approach à educação e nem toda a gente tem que ter uma carreira académica. Isso não implica que tenha que haver muito mais gente com cursos de nível superior em Portugal.
Desengane-se quem pensa que temos um país de Doutores e Engenheiros... Estamos desgraçadamente em último da média europeia, incluindo os novos países do Centro e Leste. E quando digo desgraçadamente, digo ao nível de países como a Turquia, o Uruguai ou a Indonésia, com menos de metade da Holanda, da Finlândia ou da Irlanda.
Estes são os dados da OCDE para 2002 e para a população entre os 25 e os 34 (os formidáveis Filhos do 25 de Abril)... Agora não me venham com histórias de economia e de finanças que, depois de 10 anos de Cavaco Silvismo e 2 de Ferreira Leitismo, não tenha a mínima paciência para insultos à minha inteligência.
Carlos Miguel Maia
1 Comentários:
As you know by our endless discussions, I agree with pretty much everything you wrote.
Yet, this idea of the a priori selection (numerum clausus) doesn't convince me very much. It sounds quite pre-1968, when only people coming from lyceum could have access to university, while people that at the age of 14 had chosen an escola professional were cut off from superior education for the rest or their lives (I'm referring, of course, to the Italian system, where this bipartition did and does exist). On the contrary, I think everyone should get a chance to get in and try.
In my opinion a better device to raise the level of high school, and especially what I call lyceum, is the criterion of the a posteriori selection. That is, making schools more demanding, so demanding that even 1/3 of the students flunk the first year. In this way, the ones who are not skilled enough for such an intellectual education would diverge into other kinds of schools that valorize other capacities. And the ones who stay, would be a highly selected class ready for high quality teaching.
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