Santa Terrónia
Portugal e Itália, que no substancial são países mais ou menos semelhantes, têm algumas pequenas diferenças que tornam tudo tão mais interessante.
É comum aos dois países este ódio tacanho e reaccionário em relação a certas partes da sua própria população só porque são menos letradas, menos capazes de distinguir entre um boi (o Alberto João Jardim) e um palácio (um mundo sem o Alberto Joõa Jardim) e sobretudo menos aggiornate, que é um termo muito inteligente que aprendi hoje com uma data de pessoas de direita muito inteligentes e que, segundo consta, quer dizer "actualizadas".
Aí somos iguaizinhos.
A pequena diferença, que é absolutamente deliciosa é que, em Itália, até pela sua história de divisão interna e as diferentes tradições entre o Norte, rico e cosmopolita, e o Sul, pobre e fisiocrata, os terroni são todos aqueles que estão a Sul de Roma, isto é, uma região inteira de pessoas e de cidades e de província indiscriminada e generalizadamente vista como pacóvia.
Em Portugal é diferente, o que não quer de todo dizer que seja melhor ou pior... é um bocadinho diferente. A Joana diz que, em Portugal, há espinhas encravadas que é preciso arrancar do mapa como se a Pacóvia portuguesa fossem pequenos enclaves que, a partir de agora vamos fingir que ignoramos: a Madeira, Felgueiras, Leiria, Oeiras (o que faria de mim um natural de um enclave pacóvio), Amarante, Gondomar.
Depois do 8, também há quem defenda o 80.
Portugal havia de ser acima do Alentejo e abaixo do Ribatejo, quase como quem diz acima de Almada, a leste de Cascais e Sintra e a Oeste do Barreiro, como quem diz Portugal é Lisboa, o resto é paisagem.
Não.
Já o disse e não me canso. A maior desgraça e o maior tesouro que temos são os 10 milhões de pacóvios que não se foram concentrar a Felgueiras e na Madeira e já está.
Somos nós, todos nós, sempre nós.
Miguel Maia
É comum aos dois países este ódio tacanho e reaccionário em relação a certas partes da sua própria população só porque são menos letradas, menos capazes de distinguir entre um boi (o Alberto João Jardim) e um palácio (um mundo sem o Alberto Joõa Jardim) e sobretudo menos aggiornate, que é um termo muito inteligente que aprendi hoje com uma data de pessoas de direita muito inteligentes e que, segundo consta, quer dizer "actualizadas".
Aí somos iguaizinhos.
A pequena diferença, que é absolutamente deliciosa é que, em Itália, até pela sua história de divisão interna e as diferentes tradições entre o Norte, rico e cosmopolita, e o Sul, pobre e fisiocrata, os terroni são todos aqueles que estão a Sul de Roma, isto é, uma região inteira de pessoas e de cidades e de província indiscriminada e generalizadamente vista como pacóvia.
Em Portugal é diferente, o que não quer de todo dizer que seja melhor ou pior... é um bocadinho diferente. A Joana diz que, em Portugal, há espinhas encravadas que é preciso arrancar do mapa como se a Pacóvia portuguesa fossem pequenos enclaves que, a partir de agora vamos fingir que ignoramos: a Madeira, Felgueiras, Leiria, Oeiras (o que faria de mim um natural de um enclave pacóvio), Amarante, Gondomar.
Depois do 8, também há quem defenda o 80.
Portugal havia de ser acima do Alentejo e abaixo do Ribatejo, quase como quem diz acima de Almada, a leste de Cascais e Sintra e a Oeste do Barreiro, como quem diz Portugal é Lisboa, o resto é paisagem.
Não.
Já o disse e não me canso. A maior desgraça e o maior tesouro que temos são os 10 milhões de pacóvios que não se foram concentrar a Felgueiras e na Madeira e já está.
Somos nós, todos nós, sempre nós.
Miguel Maia
2 Comentários:
Já me estava a preparar para te insultar com essa historia do Portugal é Lisboa! ehehe
Na brinca. Bom blog. Tem conteudo. Parabens a todos.
why... thank you.
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