Os maus da fita
Nesta questão do Médio Oriente parece-me sempre que os chamados "observadores" estão sempre mais preocupados em encontrar um culpado para o problema do que em procurar uma solução. E mais. Chateia-me que as pessoas, num assunto tão complexo quanto este, se recusem a pensar. Demasiado trabalho. Quem é de direita acha muito bem, sim senhora, que se mate uma enormidade de inocentes, porque o Hezbollah é uma ameaça e "eles andam aí" espalhados pelo Líbano escondidos em bairros residenciais e escolas. Quem é de esquerda, toma a atitude Israelita como mais um sinal de arrogância sionista, que eles só param quando aquilo for tudo deles.
Nos últimos dias, tenho dado por mim a pensar no conceito de Pax Americana de que o Kennedy falava e que, JFK dixit, era de evitar. O modelo de paz que temos hoje, imposto por essa grande democracia que dá pelo nome de Estados Unidos da América, defende que caso um movimento decida chatear-nos, nós (entidade abstrata que normalmente engloba fabricantes de armas e/ou comerciantes de petróleo) podemos atacar sem limites o país - e TODOS os seus habitantes - onde esse movimento se abriga - ou onde o nós acha (ou lhe dá jeito achar) que eles se abrigam.
E já sei. A malta vem com aquele argumento, ah e tal se fosses tu que tivesses o teu marido nas Torres Gémeas, no Metro de Londres ou Madrid, se o teu Pai tivesse sido morto em Israel. Claro que sim, claro que também andaria sedenta de vingança e isso. Mas, como sofro da Graça de ainda não ter perdido ninguém que me fosse próximo na insanidade das acções terroristas, preocupo-me com o facto de um dia poder estar muito bem na minha casa, sentada no meu sofá (ler sófá) e sou bombardeada, apenas porque há rumores que o Hezbollah é afinal uma organização chefiada pelos velhotes que à tarde jogam sueca no Jardim da Parada.
É este o tipo de coisa capaz de me tirar o sono.
Nos últimos dias, tenho dado por mim a pensar no conceito de Pax Americana de que o Kennedy falava e que, JFK dixit, era de evitar. O modelo de paz que temos hoje, imposto por essa grande democracia que dá pelo nome de Estados Unidos da América, defende que caso um movimento decida chatear-nos, nós (entidade abstrata que normalmente engloba fabricantes de armas e/ou comerciantes de petróleo) podemos atacar sem limites o país - e TODOS os seus habitantes - onde esse movimento se abriga - ou onde o nós acha (ou lhe dá jeito achar) que eles se abrigam.
E já sei. A malta vem com aquele argumento, ah e tal se fosses tu que tivesses o teu marido nas Torres Gémeas, no Metro de Londres ou Madrid, se o teu Pai tivesse sido morto em Israel. Claro que sim, claro que também andaria sedenta de vingança e isso. Mas, como sofro da Graça de ainda não ter perdido ninguém que me fosse próximo na insanidade das acções terroristas, preocupo-me com o facto de um dia poder estar muito bem na minha casa, sentada no meu sofá (ler sófá) e sou bombardeada, apenas porque há rumores que o Hezbollah é afinal uma organização chefiada pelos velhotes que à tarde jogam sueca no Jardim da Parada.
É este o tipo de coisa capaz de me tirar o sono.
2 Comentários:
Eu pessoalmente não sou a favor de guerra nenhuma e acho que é isso que expressas! Chegas á conclusãoq ue a guerra resolve muito poucos problemas, se é que resolve alguns!
Infelizmente vivemos num mundo completamente louco!
O seu problema é precisamente esse: assobiar para o céu e achar que apenas há rumores que o Hezbollah é afinal uma organização chefiada pelos velhotes que à tarde jogam sueca no Jardim da Parada. Se for entretanto bombardeada passa-lhe a preocupação !
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