terça-feira, outubro 31

Os Abortos

Ontem cinco abortos estiveram sentados (a Fátima Campos Ferreira estava de pé) na Casa do Artista a discutir o Aborto. Infelizmente, há 50 e tal anos, quatro mães escolheram não abortar. Infelizmente, nos dias de hoje, a produção de um programa achou que quatro daquelas pessoas tinham cabeça para opinar em horário nobre sobre um problema como o Aborto. Infelizmente, nos dias de hoje, as associações pró e contra o aborto têm cabecilhas que fazem da situação um circo. Esta não é, nem deve ser, uma questão de defesa dos "pobrezinhos". Parece-me que, até ver, esta é uma questão de consciência, de convicções. De um lado, os que defendem que o embrião é uma vida humana e lhe atribuem todos os direitos atribuidos a qualquer um de nós. De outro os que não consideram o embrião como ser humano absoluto. A ciência, por mais que médicos de ambas as partes o gritem, não chegaram a nenhum consenso absoluto. Mesmo o conceito defendido pela Igreja - que inclui o conceito de ser "uno e indivisível" - não é de absoluta aplicação.

Trata-se então de uma questão de consciência de fé. E, acrescento eu, de responsabilização. Volto a dizer que não compreendo, não aceito e dificilmente tolero que alguém, nas minhas condições opte por um aborto.

Mas, poderá o Estado julgar essa opção? Eu acho que não.

Agora parem com as fantochadas e sensacionalismos. Não me apareçam com fotos manipuladas e exemplos de meninos "das barracas" com falta de amor. E nem vou falar no brilhantismo da Zita a falar da escolha do sexo dos bebés...

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