segunda-feira, janeiro 12

Traumas

E lá voltamos todos ao Holocausto. Enquanto olharmos para o Médio Oriente através das lentes dos campos de concentração, tenho para mim, não vamos a lado nenhum. Claro que não podemos falar da história de Israel sem falar de Holocausto e nazis e SS e todo esse bocado de história. Não é isso que peço.

Só peço é que isso deixe de ser desculpa, para ambos os lados. Que deixe de ser desculpa para Israelitas. E que Palestinianos deixem de dizer que não tiveram nada a ver com Holocausto e nazis e SS e todo esse bocado de história, para agora levarem com os Israelitas no bairro.

Quando me referi à minha data de nascimento, não o fiz por puro narcisismo (embora o tenha feito com algum narcisismo, confesso). Reparem, há pessoas a morrer de ambos os lados que nasceram muito depois do Holocausto e da abrupta criação do estado de Israel. Há Israelitas para quem aquela é mesmo a terra deles, porque foi ali que nasceram, cresceram, foram pela primeira vez ao cinema, é a terra onde viveram.

O problema do Miguel é que resolveu usar um argumentum ad hominem em resposta ao meu post. Ou seja, conhecendo as minhas simpatias pelo povo judeu (na sua generalidade e não apenas os que habitam em Israel), atacou-me a mim e não ao meu argumento.

Porque, em consciência, tenho a certeza que o Miguel, com o espírito missionário que o caracteriza, não pode estar em desacordo com quem diz que é impossível tomar partidos num confronto como o que se tem desenrolado em Gaza.

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