Ainda sobre o Papa
A morte do Papa dificilmente deixou alguém indiferente por este mundo fora. Seja por aquilo que ele representava, pela pessoa que sempre foi ou até, pela mediatização dos seus últimos dias. Não fui excepção. Também a mim me tocou a morte do Papa.
Em primeiro lugar, nunca conheci outro Papa. Papa, mais do que o representante de Deus na terra, mais do que um cargo, para mim é uma pessoa: João Paulo II. Talvez seja por isso que agora querem escolher um Cardeal mais velhote para ocupar o lugar de S. Pedro. É que este é um posto que não deve ser "pessoalizado", sob pena de se perderem crentes sempre que morre um Papa (o que deve acontecer agora).
Sempre achei que o Papa era boa pessoa. Aliás lembrava-me muito o meu avô (até em alguns detalhes físicos) que foi, sem dúvida, a melhor pessoa que conheci até hoje. Tinha uns olhos bons, doces. Não era frio e altivo. Emocionava-se e assumia as emoções. Era humano. O seu pontificado marcou o último quartel do século XX. Não se contentou em ser um símbolo para os católicos, foi um marco para todas as crenças. Ao anúncio da sua morte seguiram-se lágrimas de todas as fés. Para mim essa é a prova da grandeza deste homem, num mundo em que a religião continua a ser motivo para matar.
Claro que este Papa teve falhas. Era, aos meus olhos, demasiado conservador. Comparou a liberalização do aborto ao Hocausto e proibiu de forma veemente o uso do preservativo, mesmo estando consciente do flagelo que certos países (católicos e não só) devido à intensa propagação do vírus da SIDA. Mas, e porque as boas obras são muito mais do que os erros, deixemos isso para "outras núpcias".
Por fim, e porque sou sensível ao tema, a morte do Papa tocou-me pela pública degradação da sua saúde. Mais uma vez se constata quão ténues são as linhas que separam a vontade de Deus da dos Homens. Quando se fala em eutanásia é disto que se fala: a ciência por vezes vai longe demais. Assistimos em directo a uma luta titânica em que a ciência comandada por uma vontade imensa de manter vivo o Papa perdeu para um Deus que há muito havia anunciado a partida de Carol Woytila. Desta vez a batalha foi em directo, pela televisão, mas muitas vezes não passa de um drama pessoal e familiar, travado por pessoas que se recuram a deixar partir aqueles que amam e que há muito já partiram....
Em primeiro lugar, nunca conheci outro Papa. Papa, mais do que o representante de Deus na terra, mais do que um cargo, para mim é uma pessoa: João Paulo II. Talvez seja por isso que agora querem escolher um Cardeal mais velhote para ocupar o lugar de S. Pedro. É que este é um posto que não deve ser "pessoalizado", sob pena de se perderem crentes sempre que morre um Papa (o que deve acontecer agora).
Sempre achei que o Papa era boa pessoa. Aliás lembrava-me muito o meu avô (até em alguns detalhes físicos) que foi, sem dúvida, a melhor pessoa que conheci até hoje. Tinha uns olhos bons, doces. Não era frio e altivo. Emocionava-se e assumia as emoções. Era humano. O seu pontificado marcou o último quartel do século XX. Não se contentou em ser um símbolo para os católicos, foi um marco para todas as crenças. Ao anúncio da sua morte seguiram-se lágrimas de todas as fés. Para mim essa é a prova da grandeza deste homem, num mundo em que a religião continua a ser motivo para matar.
Claro que este Papa teve falhas. Era, aos meus olhos, demasiado conservador. Comparou a liberalização do aborto ao Hocausto e proibiu de forma veemente o uso do preservativo, mesmo estando consciente do flagelo que certos países (católicos e não só) devido à intensa propagação do vírus da SIDA. Mas, e porque as boas obras são muito mais do que os erros, deixemos isso para "outras núpcias".
Por fim, e porque sou sensível ao tema, a morte do Papa tocou-me pela pública degradação da sua saúde. Mais uma vez se constata quão ténues são as linhas que separam a vontade de Deus da dos Homens. Quando se fala em eutanásia é disto que se fala: a ciência por vezes vai longe demais. Assistimos em directo a uma luta titânica em que a ciência comandada por uma vontade imensa de manter vivo o Papa perdeu para um Deus que há muito havia anunciado a partida de Carol Woytila. Desta vez a batalha foi em directo, pela televisão, mas muitas vezes não passa de um drama pessoal e familiar, travado por pessoas que se recuram a deixar partir aqueles que amam e que há muito já partiram....
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