5 Razões para não votar Cavaco
1. O mínimo exigido a um Presidente da República é educação, savoir être, não suporto a ideia de Cavaco, presidindo comissões diplomáticas, a comer de boca aberta;
2. A Primeira Dama é um factor importante: convenhamos a Maria Cavaco não é um exemplo nem de classe, nem de elegância e muito menos de bom-senso - no tempo em que o marido era primeiro ministro, ela levava dois seguranças quando dava aulas na Católica;
3. Ok, ele foi, provavelmente, o melhor primeiro ministro nos trinta anos da nossa democracia (e não, isto não é um elogio...). Mas isso não faz dele um bom Presidente. E aqueles que em tal acreditam, estão ébrios com licores sebastianistas;
4. Ele é feio. É mesmo muito feio. Não cria empatia, não tem carisma. Não é uma figura simpática. Sinceramente, e agora é o meu lado emocional que está on-line, precisamos alguém capaz de mexer com o lado psicológico da nação, que resgate um pouco do orgulho de ser português. Não de alguém com ar de quem engoliu uma vassoura...
5. O Presidente é, não esqueçamos, uma figura quase simbólica. E, símbolo por símbolo, prefiro o Soares. Antes um avô querido e com uma história de vida fantástica do que uma versão masculina da madrasta da Branca de Neve (com o anão manhoso da Maria tipo brinde...).
2. A Primeira Dama é um factor importante: convenhamos a Maria Cavaco não é um exemplo nem de classe, nem de elegância e muito menos de bom-senso - no tempo em que o marido era primeiro ministro, ela levava dois seguranças quando dava aulas na Católica;
3. Ok, ele foi, provavelmente, o melhor primeiro ministro nos trinta anos da nossa democracia (e não, isto não é um elogio...). Mas isso não faz dele um bom Presidente. E aqueles que em tal acreditam, estão ébrios com licores sebastianistas;
4. Ele é feio. É mesmo muito feio. Não cria empatia, não tem carisma. Não é uma figura simpática. Sinceramente, e agora é o meu lado emocional que está on-line, precisamos alguém capaz de mexer com o lado psicológico da nação, que resgate um pouco do orgulho de ser português. Não de alguém com ar de quem engoliu uma vassoura...
5. O Presidente é, não esqueçamos, uma figura quase simbólica. E, símbolo por símbolo, prefiro o Soares. Antes um avô querido e com uma história de vida fantástica do que uma versão masculina da madrasta da Branca de Neve (com o anão manhoso da Maria tipo brinde...).
13 Comentários:
estas são cinco (más) razões para nao votar em cavaco. depois há as boas, que também são válidas, mas que a joana não se lembrou.
sabes q a Joana é muito esquecida... e também muito pouco by the book, poderia é claro dissertar sobre as razões políticas que me levam a nãom votar cavaco. Mas isso seria dizer o óbvio, isso é chato...
creio que teremos oportunidade de ler as tuas constatações políticas sobre as presidenciais de Janeiro. quando tu formares a tua própria opinião política. até lá, ficaremos apenas com a espuma que nos ofereces.
Cinco razões para (não) votar Mário Soares: 1. Come com a boca fechada. Não interessa se por vezes se comporta como um autêntico borgesso ou um folgazão, o que importa é que come de boca fechada. 2. A Maria Barrosa - senhora muito admiro, muitíssimo mais que ao marido -, é muito sexy. 3. Ele foi, provavelmente, o nosso melhor presidente da República desde Abril, o que não é difícil (e malgrado os tiques de majestade monárquica com que revestiu o exercício da mais alta magistratura na República). 4. Soares é bonito. 5. Soares é um símbolo de um avozinho querido. Mas simbolo por simbolo, talvez prefira o do melhor primeiro-ministro portugues desde Fontes Pereira de Melo.
Cinco razões para (não) votar Mário Soares: 1. Come com a boca fechada. Não interessa se por vezes se comporta como um autêntico borgesso ou um folgazão, o que importa é que come de boca fechada. 2. A Maria Barroso - senhora muito admiro, muitíssimo mais que ao marido -, é muito sexy. 3. Ele foi, provavelmente, o nosso melhor presidente da República desde Abril, o que não é difícil (e malgrado os tiques de majestade monárquica com que revestiu o exercício da mais alta magistratura na República). 4. Soares é bonito. 5. Soares é um símbolo de um avozinho querido. Mas simbolo por simbolo, talvez prefira o do melhor primeiro-ministro portugues desde Fontes Pereira de Melo.
1. Mario Soares recebeu aquilo que considero ser o básico da educação. Não, não é só o saber comer à mesa, é saber estar: com ricos e pobres. 2. Não é uma questão de ser sexy, é uma questão de classe. 3. Mil vezes a majestade monárquica de Soares que a postura rígida de Cavaco. 4.Soares não é nada bonito. Mas é uma presença agradável. 5. Estou a ver que és dado a Keynes e obras públicas... Pessoalmente sou mais pela educação e cultura. Aliás, não sei se o Fontes teria dado um bom Presidente da República. É que, acredito, os políticos podem dividir-se em dois: os de acção e os diplomáticos. Cavaco pertence ao grupo dos primeiros e acredita que o preferia para primeiro ministro ao soares. Mas o soares é dos segundos. E esses, na minha humilde opinião, dão melhores Presidentes.
eu acho que intrepertaste o "monárquico" como um elogio a Soares. Não era um elogio.
did u get it?
1. Soares pode ter recebido o básico da educação, mas episódios como o queimar da bandeira (no exílio), a foto sentado em cima da tartaruga e aquela cena do "desapareça, Sr. Guarda! Não queremos cá polícias!" deixam muito que pensar. 2. "Uma questão de classe"? Esse é um argumento muito "snob", ainda para mais vindo de alguém aparentemente de esquerda, não achas? Soares nasceu no seio da alta burguesia da 1ªRepública, enquanto Cavaco é filho de um gasolineiro. É natural que não tenha aprendido a viver em "sociedade", e acho que não deve ser penalizado por isso. 3. Quando falo em "majestade monárquica", refiro-me às manias intervencionistas - tipo D. Carlos em final de reinado -, e aos tiques pomposos que sempre demonstrou... 4. Acho extremamente redutor votar em alguém pelo aspecto físico. É uma forma de racismo, na medida em que se discrimina alguém pelo aspecto. Como aqueles que não votam em negros... 5. Keynes defendia que o investimento público é necessário, inclusivé nas áreas da educação e da cultura. E pessoalmente, sou mais liberal que keynesiano, embora reconhecendo que em determinadas alturas o investimento público é essencial. Quanto à distinção que fazes entre políticos "diplomatas" e de "acção", estou de acordo, excepto num ponto: Soares sempre foi um homem de acção. E quanto à sua vertente "diplomata", recuso-me a votar num indíviduo que está cada vez mais radical, anti-globalização e anti-americano primário. Além de que diz que se deve "negociar" com terroristas... a este propósito, interrogo-me se ele também negociou com os salazaristas, ou se era capaz de o fazer com os nazis.
a) Bruno - Nem sempre aquilo que é escrito com o intuito de ofender, ofende. Como aliás já aconteceu com coisas que escreveste sobre mim no teu blog.
b)Filipe - 1.ok, a dos polícias não foi feliz, mas o resto não me choca, sinceramente. 2.A origem social não é desculpa para não se aprender o básico da vida em sociedade, da boa educação. Ainda para mais tratando-se de alguém que passou mais de metade da vida em companhia de gente educada - quanto muito é sinal de falta de capacidade de aprendizagem (além de que o comentário inicial era para a mulher...). 3. Não me parece que os tiques intervencionistas de Soares sejam comparáveis aos de D. Carlos: D. Carlos nomeou anti-democráticamente o João Franco e delegou nele todas as responsabilidades do reino. Soares pode ser culpado de muita coisa, mas tomara nós que ele às vezes delegasse mais...4.Não voto pelas pessoas pelo aspecto, nem nada que se pareça. Aliás o que me parece que ainda não entenderam é que este post foi feito em tom jocoso e nem tudo o que contem é para levar a sério (ou também achas que soares é casca de ovo??) 5. Negociar com terroristas, nas tuas palavras, não é outra coisa se não um acto de diplomacia. Atacar às cegas é coisa de alguém de acção.
Quanto à comparação com D. Carlos, fi-la porque muito antes de nomear João Franco, já ele rompera com as tradições da monarquia constitucional, imiscuindo-se cada vez mais na política e na vida partidária. A principal diferença com Soares é que, entre 1891 e 1910, o país precisava realmente da intervenção do monarca, face à falência do rotativismo. O mesmo não sucedeu com Soares-presidente: no seu segundo mandato, fez de Belém a sede da oposição. E um presidente deve estar acima das querelas partidárias. Quanto aos terroristas, acho que não é um acto de diplomacia, pois esta implica sempre duas partes legítimas dispostas a negociar. Ora com criminosos não pode haver negociações, pois da parte deles apenas se pode esperar extorsão, chantagem e violência.
Bruno - não foi ofensivo p mim, mas p o mario...
Filipe - Fogo, isso é actualização ao minuto... E decide-te: ou bem q o D Carlos se metia de mais (e nesse caso a comparação com soares é pejorativa) ou não se metia quando devia (e nesse caso a comparação com soares é absurda).
Quanto aos terroristas, chantagem e violência foi o que nós fizemos no Iraque. Isso faz de nós (mundo ocidental/manada de carneiros seguidores de Bush) Terroristas?
No caso de D. Carlos, justificava-se (até porque o rei não estava ligado a nenhum partido). No caso de Mário Soares, não. Não concordei com a invasão do Iraque, mas acho que a emenda seria muito pior que o soneto se de lá saíssemos agora. Quanto ao terrorismo, não é por causa da invasão do Iraque que a Al Quaeda nos ataca. Eles atacam-nos por aquilo que temos de bom e não pelo que temos de mau. Pela nossa liberdade de costumes, pelo nosso sistema político democrático, pelo nosso progresso material e pela nossa liberdade de pensamento. Tudo aquilo que um bando de fanáticos medievais não consegue suportar. Não é por causa do Iraque, da Palestina ou dos pobrezinhos dos bairros miseráveis do Cairo ou de Amã. Basta ver que Bin Laden e companhia provêem de meios sociais desafogados, quando não milionários. A nossa civilização tem muitos defeitos, mas continua a ser a única que garante liberdade de expressão, de culto e de pensamento e que confere direitos constitucionais iguais a todos os cidadãos. Prova disso é que os mesmos que se fazem explodir no metro de Londres são os mesmos que fugiram dos seus países em busca das liberdades e do progresso do Ocidente. O terrorismo não tem qualquer justificação, nem merece qualquer compreensão. Acusam o Ocidente de perpretar atrocidades (que em alguns casos é verdades, noutros é mera propaganda), mas eles próprios negam a dignidade humana a quem não partilhar a (sua) fé islâmica radical. É pena que a esquerda europeia continue a não querer ver o terrorismo fundamentalista como uma ideologia totalitária, que ameaça a democracia e a nossa civilização. Basta estar atento às palavras de Bin Laden, Omar Bakri e companhia. Quanto à actualização rápida, tou na pausa para café! lol
Tens razão, as diferenças entre Soares e Cavaco não se esgotam na questão do terrorismo. Mas para mim, enquanto eleitor, é-me importante saber a atitude da pessoa em quem voto a respeito dessas questões, que quer queiramos quer não, são as mais importantes do momento. Recuso-me a votar num tipo que acha que se deve negociar com assassinos, que é contra a globalização e que vive na ilusão de um passado em que era o "rei" de Portugal (é assim que lhe chamam os jornais de Paris).
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