quinta-feira, outubro 26

Two Roads

Miguel,

O nosso estado de graça e acordo acaba na parte em que tu usas o argumento de que "que o sexo é a expressão mais sublime do amor entre duas pessoas". Nem vou aqui escrever o que penso sobre tu teres escrito isso - já te disse.

Mas chateia-me que venhas buscar esse romantismo moral para a discussão sobre o aborto. Podia a humanidade estar entregue à total devassidão, ao culto do sexo e do prazer e eu não seria mais permissiva em relação ao aborto. Façam o que quiserem, como quiserem, quando quiserem - mas assumam as consequências.

Volto ao mesmo, não me parece justo que aquilo que eu tenha como moralmente válido passe a lei. Ou que tenha de impor a minha moral aos outros. Ou até que isto seja meramente uma questão moral.

Sim, estamos do mesmo lado da barricada, do lado do sim. Mas, mesmo do mesmo lado, continuamos à batatada - comme il faut.

3 Comentários:

Blogger MiM disse...

Não estarás a incorrer numa incoerência, bastante básica até, quando dizes que "Façam o que quiserem, como quiserem, quando quiserem - mas assumam as consequências".
Não são exactamente as pessoas que fazem o que querem, as que não querem saber das consequências. Eu, ao menos, quando sou incoerente, tenho a honestidade intelectual de o admitir.

Eu não falei de moral. Até disse que não julgo ninguém, porque isso seria moralista. Não atribui a culpa a quem recorre ao aborto, porque isso seria moralista... mas apontei para o problema e para a solução que eu defendo.

10/26/2006 4:13 da tarde  
Blogger Joana disse...

1. Eu quero que eles assumam as consequências, mas não imponho que eles assumam as consequências.

2. Baby, posso ser muitas coisas - algumas delas más, admito - mas sempre fui pessoa para assumir as suas incoerências.

3. Não teriamos problemas nenhuns se tivesses escrito qqr coisa como: "embora o sexo seja a expressão mais sublime do amor entre duas pessoas, como instrumento hedonista também não está nada mal e recomenda-se"

10/26/2006 4:27 da tarde  
Blogger Joana disse...

outra coisa:

quando falo em consequências, falo da responsabilidade de um filho. E continua a ser para mim um mistério como há pessoas que desprezam o "prazer" da maternidade. Não de uma estadia num estabelecimento prisional.

10/26/2006 4:28 da tarde  

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial