sábado, outubro 3

Liga dos Últimos: Giggle-time All-mo

Fonte: http://www.mudarlisboa.org/

Bem sei que o objectivo inicial era de passar pelos outros digníssimos representantes da "Liga dos Últimos", passando pelo MEP, o PCTP, indo a exemplos históricos como a ascenção do Bloco de Esquerda, a surpreendente primeira campanha do PSN (o partido dos reformados) e a lição dada pelo CDS-PP nas últimas legislativas.

Mas, estando nós em plena campanha para as autárquicas, não posso deixar de falar do caso que mais me fascinou nesta campanha. E envolve de novo o MMS.

O candidato a Lisboa pelo Movimento Mérito e Sociedade chama-se António Costa.
Quais são os seus principais méritos enquanto candidato? Chama-se António Costa.
Qual é a plataforma política em que se apoia? Ele chama-se António Costa.
Qual é a mensagem? O homem chama-se António Costa.

Perceberam bem? O candidato do partido mais inexpressivo a concorrer a estas eleições autárquicas na capital (se não "o" mais inexpressivo parece estar a tentar tudo para conquistar o título) tem o mesmo nome do actual Presidente da Câmara e candidato à reeleição. E não me canso de o repetir porque eles também não se cansarão: ele chama-se António Costa.

Sempre considerei que a estratégia de marketing que aposta na confusão entre o que realmente se quer e o que se acaba por levar tem alguns, pequenos, problemas de sustentabilidade.

Na política não é diferente, em primeiro lugar, porque esta estratégia tem apelo junto dos eleitores menos comprometidos com a eleição (ou isso, ou aos que vejam mal ao perto) e que se enganem com facilidade na hora de votar. Ora essa é, obviamente, uma faca de dois gumes, porque, no altar de Nossa Senhora da Asneira, nem Deus sabe quem acaba sacrificado. Esta é uma táctica latente até na própria escolha do nome do movimento. Já vi pessoas, I kid you not, a dizer convictamente que esse movimento, o "SMS", é aquele que se vota pelo telemóvel. Mais votos, de eleitores perfeitamente mobilizados, que são lançados ao lixo. Em segundo lugar porque isso de vender ténis da marca "Abibas" é claramente coisa de feirantes e não é fácil conseguir votos aí porque já passaram por lá outros a marcar o território.

Mas não se pense que foi só o MMS a jogar na confusão do eleitor incáuto. O próprio Partido Republicano dos Estados Unidos, com outra história e responsabilidade ao nível mundial, já jogou a mesma carta e, se me perguntarem, duvido que consigam melhores resultados. O Jon Stewart explica.

The Daily Show With Jon StewartMon - Thurs 11p / 10c
Elephant in the Room
www.thedailyshow.com
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Political HumorRon Paul Interview

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

que ignorância meu caro, no boletim de voto aparecerão apenas os nomes e símbolos partidários

10/03/2009 7:03 da tarde  
Blogger MiM disse...

Uff, que alívio! Obrigado pelo esclarecimento.
Por momentos pensei que esta fosse realmente a estratégia dos rapazes.
Será, ainda assim, um caso a pensar para umas eleições presidenciais, que diz?

10/03/2009 7:26 da tarde  

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