terça-feira, janeiro 13

Equidistância

Eu devo ter sonhado, nesse caso, quando pensei que te tinhas referido à uma afinidade com o povo judeu. Reconheço o erro: citei-te mal quando disse que essa afinidade ia para o governo de Israel, quando claramente "as [tuas] simpatias [são] pelo povo judeu (na sua generalidade e não apenas os que habitam em Israel)". my bad again.

Há milhões de judeus em Israel e fora que serão contra este tipo de ofensiva. Pena que isso não lhes vá servir de nada e que a alternativa ao actual governo seja o Likud que, provavelmente, ainda seria mais feroz na sua tentativa "alterar as realidades no terreno". E é pena que não te sejam conhecidas iguais simpatias pelo povo palestiniano. Tornava mais verosímil a tua teoria da equidistância. Ainda assim, é melhor ficares com os que vivem fora da Palestina porque os que ainda estão lá podem vir a dar-te amizades pouco duradouras, e não havíamos de te quer ver desperdiçar amor.

O problema é que, neste conflito, não tomar partido não é uma opção. Não é possível declarar equidistância perante os crimes evitáveis das IDF e os crimes incontáveis dos terroristas do Hamas, entre as cegueira do governo de Israel e o fanatismo de um movimento radical religioso. Isso é equipará-los em natureza e responsabilidade e, no processo, desresponsabilizar o exército regular de um país ocidental e o governo eleito de um aliado da Europa e dos Estados Unidos. É como se não esperássemos mais do exército do governo de Israel do que de um qualquer bando de extremistas com meios bélicos industriais.

E os resultados dessa "não tomada de posição" estão à vista.
Dados de hoje da BBC: 920 palestinianos foram mortos em Gaza desde o fim das tréguas, dos quais 292 eram crianças e 75 eram mulheres. 13 Israelitas, incluindo 3 civis, foram mortos.

Os factos, claramente, já tomaram partido.

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