O Circo
Estive a ver excertos do debate do Orçamento de Estado e, quiçá influenciada pelo espírito natalício, aquilo parecia-me um circo. E não faltaram sequer as crianças nas bancadas, inocentes e ingénuas, rindo-se dos comentários mais acesos, dos aplausos e vaias, sem perceberem que aqueles palhaços estavam a falar dos seus futuros.
Concordo com aquilo que têm vindo a dizer no blog sobre a decisão de Sampaio. Este foi de facto um penalti marcado para compensar outro. Há quatro meses o Presidente deveria ter optado por eleições. Em causa estava o respeito pela vontade soberana do povo. Não era preciso ser sobredotado para perceber que Santana não iria manter-se fiel ao programa de governo de Durão. As diferenças de estilo e valores entre os dois sempre foram mais que as semelhanças. Sampaio quis ver para crer. Às vezes acho que Sampaio se chateou à séria com o PS. Parece aqueles filhos de pais bem sucedidos que fazem uma série de asneiras só para provar que são independentes.
Aquilo que me assustou na discussão do OE, foi que mais do que a uma discussão política, estava a assistir a um conflito de egos. A situação do país parece não importar a nenhum dos senhores que se vão candidatar ao cargo de Primeiro Ministro. Interessa-lhes agarrar o tacho. Mais nada.
Acho que além de políticos competentes, faz falta quem acredite. O nosso país está vazio de convicções. Políticas de Justiça, Educação ou Saúde precisam de mais do que 4 anos para serem postas em prática e para que hajam resultados. Se os políticos estivessem interessados MESMO em melhorar o que quer que fosse, tentariam arranjar soluções de continuidade, o que significa haver concertações, pelo menos entre os partidos que, rotativamente, chegam ao poder.
Não precisamos de pão e circo. De espectáculos mediáticos, de discursos acesos. Precisamos de competência e vontade. E esses dois valores têm estado arredados da Assembleia. Não sei ainda como vou votar. Se em branco, se nos marretas....
Joana
Concordo com aquilo que têm vindo a dizer no blog sobre a decisão de Sampaio. Este foi de facto um penalti marcado para compensar outro. Há quatro meses o Presidente deveria ter optado por eleições. Em causa estava o respeito pela vontade soberana do povo. Não era preciso ser sobredotado para perceber que Santana não iria manter-se fiel ao programa de governo de Durão. As diferenças de estilo e valores entre os dois sempre foram mais que as semelhanças. Sampaio quis ver para crer. Às vezes acho que Sampaio se chateou à séria com o PS. Parece aqueles filhos de pais bem sucedidos que fazem uma série de asneiras só para provar que são independentes.
Aquilo que me assustou na discussão do OE, foi que mais do que a uma discussão política, estava a assistir a um conflito de egos. A situação do país parece não importar a nenhum dos senhores que se vão candidatar ao cargo de Primeiro Ministro. Interessa-lhes agarrar o tacho. Mais nada.
Acho que além de políticos competentes, faz falta quem acredite. O nosso país está vazio de convicções. Políticas de Justiça, Educação ou Saúde precisam de mais do que 4 anos para serem postas em prática e para que hajam resultados. Se os políticos estivessem interessados MESMO em melhorar o que quer que fosse, tentariam arranjar soluções de continuidade, o que significa haver concertações, pelo menos entre os partidos que, rotativamente, chegam ao poder.
Não precisamos de pão e circo. De espectáculos mediáticos, de discursos acesos. Precisamos de competência e vontade. E esses dois valores têm estado arredados da Assembleia. Não sei ainda como vou votar. Se em branco, se nos marretas....
Joana
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