domingo, dezembro 12

Portugal e o Futuro

Dizer que o futuro é negro numa altura em que o país está na situação que é de todos conhecida parece-me pessimismo a mais. O presente é negro. É negro desde o dia em que o Dr. Durão Barroso assumiu como programa de Governo a via do queixinhas.
Durante dois anos (!!!) ao invés de governar, Durão Barroso divertiu-se a apontar tudo aquilo que de mal o governo socialista havia feito. Soluções nenhuma. Um partido que defende a lógica empresarial deveria saber que o péssimismo é mau para a economia. Não são os problemas que afastam os investidores. É a falta de soluções.
Quando o Dr. Durão Barroso entendeu (finalmente) que não tinha quaisquer capacidades para com sucesso exercer o cargo de Primeiro Ministro, resolveu pirar-se para Bruxelas, para ocupar um cargo pouco mais que decorativo.
Como solução (e como já disse ele não é bom a encontrar soluções) deixou-nos o mais que ineficiente Santana Lopes (o Pedro). Perante isto, o nosso Presidente da República tinha duas opções: dissolver a Assembleia alegando que o povo votou num projecto a que o Pedro não daria continuidade ou hipótese a que o Pedro mostrasse que era capaz de algo que não sejam copos na 24 de Julho.
Sampaio falhou. Escolheu o pior. Teimou com o conselho de estado e deu oportunidade a que o Pedro, juntamente com o seu novo melhor amigo, Paulo, em apenas quatro meses, derrubassem a insipiente retoma que se começava a sentir (não por causa de Barroso, mas, sobretudo, pelo empurrão do Euro).
Aquilo que a direita - neste blog, na figura do nosso ilustre Arouca -agora chama de "golpe palaciano", não passa de uma coisa tipicamente portuguesa: remediar. Sampaio, como representante máximo dos valores portugueses também ignorou o dito do povo do "mais vale prevenir do que remediar". Só acho, ao contrário do Arouca, que houve de facto mjotivos gravíssimos para a dissolução da Assembleia a esta altura do campeonato. Só tenho pena que não tenha sido mais cedo. Aquilo a que direita - que diz respeitar acima de tudo a figura do Presidente da República - chama de "coup d'État", não é mais do que fazer valer a vontade do povo. E o povo está farto de Santana.
Não sei se o futuro será risonho. Só sei que sem o Pedro as hipóteses de melhorar são maiores. Só sei que é difícil piorar.
Espero que depois das eleições (e do Pedro perder), o António Borges apareça. Então sim, o meu voto é dele.


PS - Ainda bem que não podes votar, Arouca. Espero que a direita esteja toda na neve, nas férias do ski...

Joana

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