Viragens
Mesmo assim, impressiona-me bem mais a da Zita Seabra que passou de comunista a cabeça de lista do PSD por Coimbra do que a do Freitas do Amaral, que aparece agora colado ao PS depois de ter fundado o CDS. E impressiona-me mais porque acho que a vida política portuguesa e internacional tem evoluido para valores claramente para a direita (concordam comigo ou não?).
Se virmos isto do ponto de vista do percurso dos dois, a Zita Seabra tem que ter dado um grande salto para acompanhar as mudanças dos tempos e evoluir no seu pensamento. Melhor dito, o seu direitismo actual não tem nada, mas mesmo nada a ver com o esquerdismo de antes, enquanto que a esquerda "pragmática" dos nossos dias já não está tão longe dos valores liberais (principalmente na economia) da direita com que o Freitas cunhou o CDS.
Mas porque é que eu estou para aqui a meter-me com a pobre Zita, que não aquece nem arrefece à discussão... é verdade que me meteu um bocado de nojo vê-la dizer que a sua opositora, a Matilde Sousa Franco, não é uma política "com experiência" (quereria ela dizer "profissional", ou porque não "mercenária") e que não ia ter piada a campanha contra ela... a sério, de meter nojo.
A verdade é que eu queria falar de mim (para não variar, dirão os mais atentos). Eu acho que ainda não tenho a inteligência nem a profundidade suficiente para dizer que já fiz na minha vida um "trajecto político" (aah, a falsa modéstia, "eu não mereço, Sr. Prof, o ar que o Sr. respira").
No meu caso, acho que não passei a acreditar mais na esquerda, mas sim que o panorama se deslocou todo para a direita, debaixo dos meus pés, sem que eu me tivesse mexido. Não fui eu que fui ter à esquerda, foi mais a direita que se foi embora e a esquerda, que acredita no mercado e nas privatizações seguidas de instrumentos de regulação; na Europa com um Pacto de Estabilidade e até com um exército; na Educação, na Educação, na Educação!, e na competência sem lamúrias, que ganha no que é melhor e que perde no que é pior; que veio ter comigo.
Miguel Maia
Se virmos isto do ponto de vista do percurso dos dois, a Zita Seabra tem que ter dado um grande salto para acompanhar as mudanças dos tempos e evoluir no seu pensamento. Melhor dito, o seu direitismo actual não tem nada, mas mesmo nada a ver com o esquerdismo de antes, enquanto que a esquerda "pragmática" dos nossos dias já não está tão longe dos valores liberais (principalmente na economia) da direita com que o Freitas cunhou o CDS.
Mas porque é que eu estou para aqui a meter-me com a pobre Zita, que não aquece nem arrefece à discussão... é verdade que me meteu um bocado de nojo vê-la dizer que a sua opositora, a Matilde Sousa Franco, não é uma política "com experiência" (quereria ela dizer "profissional", ou porque não "mercenária") e que não ia ter piada a campanha contra ela... a sério, de meter nojo.
A verdade é que eu queria falar de mim (para não variar, dirão os mais atentos). Eu acho que ainda não tenho a inteligência nem a profundidade suficiente para dizer que já fiz na minha vida um "trajecto político" (aah, a falsa modéstia, "eu não mereço, Sr. Prof, o ar que o Sr. respira").
No meu caso, acho que não passei a acreditar mais na esquerda, mas sim que o panorama se deslocou todo para a direita, debaixo dos meus pés, sem que eu me tivesse mexido. Não fui eu que fui ter à esquerda, foi mais a direita que se foi embora e a esquerda, que acredita no mercado e nas privatizações seguidas de instrumentos de regulação; na Europa com um Pacto de Estabilidade e até com um exército; na Educação, na Educação, na Educação!, e na competência sem lamúrias, que ganha no que é melhor e que perde no que é pior; que veio ter comigo.
Miguel Maia
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