Défice de Cidadania
Como em tudo, quando se fala de crise, a primeira coisa que nos vem à cabeça é dinheiro, dinheiro, dinheiro. O Governo, essa entidade que reúne os génios da nação, perde-se em contas para vender um orçamento que equilibre o défice das finanças. O tuguita, faz contas pelos dedos e pela máquina de calcular do telemóvel - que isto da matemática é para os génios - para pagar as prestações de tudo e mais alguma coisa no fim do mês.
Ora longe de mim querer desprezar o peso da economia enquanto infraestrutura das nossas vidas. Mas, na inocência que os meus 25 anos permitem, gostaria de colocar a questão: não estará o problema do nosso país noutro lado, que não nos livros de contas?
Parece-me, como leiga, que o nosso problema é mais cultural que económico. Haverá quem defenda que o problema cultural deriva do económico. Mas o extraordinário crescimento económico que vivemos desde o 25 de Abril, não se reflectiu na cultura. Ok. Agora todas - vá, quase todas - as aldeias têm electricidade e esgotos. Não apenas há telefone como telemóveis em todos os lados. Não há cidade onde a Zara não seja um sucesso de vendas. Não há lugarejo sem direito a centro comercial, hipermercado ou afins.
OK. O estado foi fazendo a sua parte. Mas e as pessoas? Não. As pessoas acomodaram-se aos subsidios, aos sindicatos, às greves. A querer sempre mais e mais. Sem trabalho, sem quaisquer contrapartidas. Temos um país onde é um orgulho não pagar impostos, onde é possível ouvir alguém gabar-se das artimanhas a que se socorreu para não os pagar. Temos um país onde ser-se ignorante é um orgulho, sobretudo se tal for sinónimo de termos conseguido "fintar" os professores universitários que nos assinaram o diploma.
Mas e nós? Pergunto eu. Não teremos deveres. Para com o Estado, para com a comunidade? Fartamo-nos de ver imbecilidades praticadas a torto e a direito e o que fazemos? Encolhemos os ombros. Na melhor das hipóteses refilamos para a pessoa do lado.
A pior parte do nosso défice não se mede em Euros... Digo eu...
Ora longe de mim querer desprezar o peso da economia enquanto infraestrutura das nossas vidas. Mas, na inocência que os meus 25 anos permitem, gostaria de colocar a questão: não estará o problema do nosso país noutro lado, que não nos livros de contas?
Parece-me, como leiga, que o nosso problema é mais cultural que económico. Haverá quem defenda que o problema cultural deriva do económico. Mas o extraordinário crescimento económico que vivemos desde o 25 de Abril, não se reflectiu na cultura. Ok. Agora todas - vá, quase todas - as aldeias têm electricidade e esgotos. Não apenas há telefone como telemóveis em todos os lados. Não há cidade onde a Zara não seja um sucesso de vendas. Não há lugarejo sem direito a centro comercial, hipermercado ou afins.
OK. O estado foi fazendo a sua parte. Mas e as pessoas? Não. As pessoas acomodaram-se aos subsidios, aos sindicatos, às greves. A querer sempre mais e mais. Sem trabalho, sem quaisquer contrapartidas. Temos um país onde é um orgulho não pagar impostos, onde é possível ouvir alguém gabar-se das artimanhas a que se socorreu para não os pagar. Temos um país onde ser-se ignorante é um orgulho, sobretudo se tal for sinónimo de termos conseguido "fintar" os professores universitários que nos assinaram o diploma.
Mas e nós? Pergunto eu. Não teremos deveres. Para com o Estado, para com a comunidade? Fartamo-nos de ver imbecilidades praticadas a torto e a direito e o que fazemos? Encolhemos os ombros. Na melhor das hipóteses refilamos para a pessoa do lado.
A pior parte do nosso défice não se mede em Euros... Digo eu...
1 Comentários:
o maior tesouro e a maior grilheta, a única coisa que conta é cada um dos 10 milhões de portugueses, nada mais.
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