segunda-feira, setembro 18

Bento

Sou católico. É verdade que sou católico. Mas o que me faz reagir a este caso em torno das declarações do Papa não tem nada a ver com catolicismo. Podia ter acontecido ao Hitler (de quem este Papa até era fã, aparentemente, durante parte da juventude), ou ao Mao que eu ia ser o primeiro a defender a inocência das palavras do grande timoneiro.

Não é que o homem, a meio - note-se - de um discurso sobre a pertinência do ensino religioso ao nível unversitário, se põe a citar um pensador bizantino do sec. XIV e, vai daí toda a gente chega à conclusão de que ele estava a atacar o Islão.

O desgraçado disse qualquer coisa do género: havia um gajo qualquer que uma vez, aqui há 700 anos, disse que o Islão era uma merda e todos os muçulmanos eram potenciais bombistas suicidas...
e eu não concordo com todos os que tiverem uma visão da religião que envolva bombas... porque...
a religião é do tipo de coisas que ficam bem é nos debates académicos e devia ser profundamente discutida por todos os estudiosos que amam o conhecimento, crentes ou não.

Resultado, vamos todos citar o Papa com tendo dito que "o Islão era uma merda".

Valha-me Nossa Senhora.

2 Comentários:

Anonymous Anónimo disse...

mas eu acho que o papa (posto que é infalível) devia á ter suposto que as tais coisinhas podiam ter passado, e então não dizé-las... uma coisa é a liberdade de expressão de um de nós qualquer, e outra o que diz um papa de roma...
um saudo.

9/20/2006 12:20 da manhã  
Blogger MiM disse...

A partir de agora, o papa, na sua infalibilidade, devia ficar mas é caladinho... o que não era nada má ideia, admito.
Mas a verdade é que sempre que ele disser que "há quem diga que as vítimas de SIDA estavam mesmo a pedí-las e nada podia estar mais distante daquilo que eu penso de esse terrível flagelo", vão citá-lo como tendo atacado as vítimas de SIDA.

9/20/2006 8:57 da manhã  

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