Se mal pergunte,
Com o brilhantismo intelectual que sempre a caracterizou, e a que alguns meses no estrangeiro já me tinham desabituado, dei com esta pérola na respública. É, aliás, sempre bonito de ver o campo que apoiou a invasão mais idiota desde a Baía dos Porcos a falar dos outros, dos que não têm plano para sair da mais previsível das embrulhadas em que se viram metidos. Sim, porque esta embrulhada era tão previsível... tão irritantemente previsível...
Descobriu-se agora, como se os mais pragmáticos de entre os opositores à guerra já não o tivessem feito notar na longínqua Primavera de 2003, que o exército dos Estados Unidos não tem os efectivos suficiente para ser um polícia do mundo. Isto se estivermos a falar do mundo inteirinho meesmo.
Conclusão óbvia: A guerra no Iraque nunca devia ter acontecido.
Quer o primeiro presidente Bush, de que não sou particularmente fã, quer o presidente Clinton deixaram Saddam sem arma de destruiça massiça absolutamente nenhuma e a única maneira, como bem se vê, de levar a bom termo a libertação do Iraque passava por continuar a desgastar o Saddam (que já não conseguia fazer mal ao seu povo) e por fazer a transição para a liberdade através dos movimentos internos do Iraque. Se vai ter que funcionar agora para o Irão e para a Coreia do Norte, porque é que não ia funcionar com o Iraque?
Mas,
se mal pergunte, de onde é que eles vão buscar os 350 mil homens que faltam para ganhar no Iraque? Ao Afeganistão, onde se encontra o verdadeiro perigo terrorista para o Ocidente (e mesmo assim não chegavam)? Ao Pacífico Sul, onde se encontra o verdadeiro perigo nuclear para o Ocidente (e mesmo assim também não chegavam)?
Ou ao México, com mais um promessa de cidadania em forma de caixão (assim, talvez já cheguessem)?
Não me digam que vão procurar o apoio das Nações Unidas...
Também sou contra a retirada do Iraque. Mas a mesma aritmética que confunde os neo-cons serve-me para notar que é óbvio que um exército nacional iraquiano, que consiga sem menos atroz que o que está estacionado no Iraque, demora longos anos a formar.
O que fazer com o entretanto, esse conceito que não entra na cabeça dos neo-cons? Quem se pronunciou a favor da invasão que use o mesmo brilhantismo intelectual para encontrar as saídas. Eu cá tenho as minhas ideias... mas espero para ver.
Descobriu-se agora, como se os mais pragmáticos de entre os opositores à guerra já não o tivessem feito notar na longínqua Primavera de 2003, que o exército dos Estados Unidos não tem os efectivos suficiente para ser um polícia do mundo. Isto se estivermos a falar do mundo inteirinho meesmo.
Conclusão óbvia: A guerra no Iraque nunca devia ter acontecido.
Quer o primeiro presidente Bush, de que não sou particularmente fã, quer o presidente Clinton deixaram Saddam sem arma de destruiça massiça absolutamente nenhuma e a única maneira, como bem se vê, de levar a bom termo a libertação do Iraque passava por continuar a desgastar o Saddam (que já não conseguia fazer mal ao seu povo) e por fazer a transição para a liberdade através dos movimentos internos do Iraque. Se vai ter que funcionar agora para o Irão e para a Coreia do Norte, porque é que não ia funcionar com o Iraque?
Mas,
se mal pergunte, de onde é que eles vão buscar os 350 mil homens que faltam para ganhar no Iraque? Ao Afeganistão, onde se encontra o verdadeiro perigo terrorista para o Ocidente (e mesmo assim não chegavam)? Ao Pacífico Sul, onde se encontra o verdadeiro perigo nuclear para o Ocidente (e mesmo assim também não chegavam)?
Ou ao México, com mais um promessa de cidadania em forma de caixão (assim, talvez já cheguessem)?
Não me digam que vão procurar o apoio das Nações Unidas...
Também sou contra a retirada do Iraque. Mas a mesma aritmética que confunde os neo-cons serve-me para notar que é óbvio que um exército nacional iraquiano, que consiga sem menos atroz que o que está estacionado no Iraque, demora longos anos a formar.
O que fazer com o entretanto, esse conceito que não entra na cabeça dos neo-cons? Quem se pronunciou a favor da invasão que use o mesmo brilhantismo intelectual para encontrar as saídas. Eu cá tenho as minhas ideias... mas espero para ver.
1 Comentários:
Para que conste, pronunciei-me contra a invasão do Iraque, precisamente pelas razões que refere: caos sectário, incapacidade para controlar o país e fortalecimento da ideologia jiadista. Mas ao contrário de si e de muitos outros, não meto a cabeça na areia e faço de conta que é possível voltar atrás no tempo. Retirar do Iraque seria catastrófico, quer para o Iraque, quer para "nós", o Ocidente. E é isso que os falsos pacifistas, com o brilho intelectual que sempre os caracterizou, não querem ou não sabem ver.
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