domingo, dezembro 12

Oblige, oblige...

Já me pronunciei contra o decisão do presidente, nem tanto por achar que o governo estivesse a fazer falta ao país, mas pelo precedente que abriu.
Isso não quer dizer que a maioria de que o Miguel Arouca tanto fala não estivesse completamente esvaziada. Se toda a gente pergunta o que é que esta maioria parlamentar fez de mal para merecer ser banhada a ácido... eu digo-vos: indigitou o Pedro como Primeiro-ministro, foi isso que esta maioria parlamentar fez de mal. O Pedro é incompetente, e é o próprio Miguel Arouca quem o admite. O que ele estava a fazer das funções que lhe estavam confiadas era um completo desastre.
A maioria foi eleita em 2002 para promover um "choque fiscal" do António Borges ; esta maioria foi chamada para resolver os problemas estruturais da economia que fazem com que o estado tenha um enorme desvio das contas para o lado negativo; esta maioria foi chamada para convergir a pensão mínima com o salário... e foi chamada para pôr Portugal na vanguarda (imagino que não na educação, tema em que não me canso de insistir) do "acerto das nações". Nada disso foi objectivamente feito por esta maioria.
Ainda falatava ano e meio, dir-me-ão. A verdade é que houve congelamento de salários em vez de choque fiscal e a baixa dos impostos "só se faria sentir" em 2006; a verdade é que, por mais um ano, o défice estrutural está rigorosa e matematicamente na mesma; a verdade é que afinal "convergir" as pensões só queria dizer "aproximar" as pensões, e que se o nome de Prtugal se tornou famoso foi por causa do Euro2004 e porque o próprio Primeiro-ministro abandonou o cargo a meio (qual Santana Lopes) e aterrou na presidência da Comissão.
Esta maioria foi eleita para cumprir objectivos que não iria cumprir e falhou no momento em que o único nome que conseguiu apresentar foi o do pior político a passar pelo cargo desde que há memória.

Miguel Maia (campeão intercontinental)

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial