Regresso: Hezbollah vs. Vietcong
Há quem diga que, mais ou menos por esta altura do ano passado, alguns generais israelitas se deslocaram aos Estados Unidos e apresentaram no Pentágono um plano em tudo semelhante ao que estão a pôr em prática no sul do Líbano.
Seja verdade ou não, acho que não há grande lugar para dúvidas de que este ataque ao Hezbollah não tem nada a ver com os 6 soldados israelitas mortos e os 2 raptados há algumas semanas. Tem a ver com a tentativa sistemática de Israel se livrar, pela via militar, de uma ameaça terrorista sobre a sua população, o que é uma pretensão completamente justa.
Fica já aqui escrito: o Hezbollah, o Partido de Deus, é um movimento que está até hoje a aterrorizar centenas de milhares de cidadãos israelitas. Nem os seus métodos de ataque indiscriminado sobre populações civis, nem a sua ideologia falsa de que Israel representa a ameaça sionista que quer conquistar o mundo, alguma vez encontraram em mim a mínima palavra de apreço.
Mas as más notícias não vêm do Hezbollah, cujos métodos e movimentos são bem conhecidos dos especialistas na região. As más notícias vêm dos vários conflitos entre um exército organizado, como as Israel Defense Forces (IDF) e um movimento que age no campo da guerrilha, como o Hezbollah. E dos sinais que as IDF estão a dar.
Mesmo matando virtuais milhões de vietcong todos os dias – os comunicados de imprensa dessa altura são mirabolantes – os Estados Unidos conseguiram perder no Vietnam. Porquê? Porque a guerra convencional feita contra um movimento que nasce e cresce nas populações civis, cresce tanto mais quanto maior for a guerra que se lhe fizer. Era mentira que aqueles incontáveis milhares de mortos fossem todos vietcong. Na verdade, uma boa parte, senão mesmo a maioria, era gente que pouco percebia de porque é que estava em guerra. E, assim como qualquer um de nós, quando lhe morria um da família às mãos dos “estrangeiros” não se importavam de dar guarida e cobertura ao Vietcong, ou mesmo juntar-se às suas fileiras. Quantos mais supostos vietcongs os americanos matavam, mais estavam a criar.
O mesmo se passa com os movimentos extremistas islâmicos, com a agravante de as populações do Líbano não serem tão ignorantes e ideologicamente desligadas quanto os camponeses perdidos no meio do Vietnam.
Seja verdade ou não, acho que não há grande lugar para dúvidas de que este ataque ao Hezbollah não tem nada a ver com os 6 soldados israelitas mortos e os 2 raptados há algumas semanas. Tem a ver com a tentativa sistemática de Israel se livrar, pela via militar, de uma ameaça terrorista sobre a sua população, o que é uma pretensão completamente justa.
Fica já aqui escrito: o Hezbollah, o Partido de Deus, é um movimento que está até hoje a aterrorizar centenas de milhares de cidadãos israelitas. Nem os seus métodos de ataque indiscriminado sobre populações civis, nem a sua ideologia falsa de que Israel representa a ameaça sionista que quer conquistar o mundo, alguma vez encontraram em mim a mínima palavra de apreço.
Mas as más notícias não vêm do Hezbollah, cujos métodos e movimentos são bem conhecidos dos especialistas na região. As más notícias vêm dos vários conflitos entre um exército organizado, como as Israel Defense Forces (IDF) e um movimento que age no campo da guerrilha, como o Hezbollah. E dos sinais que as IDF estão a dar.
Mesmo matando virtuais milhões de vietcong todos os dias – os comunicados de imprensa dessa altura são mirabolantes – os Estados Unidos conseguiram perder no Vietnam. Porquê? Porque a guerra convencional feita contra um movimento que nasce e cresce nas populações civis, cresce tanto mais quanto maior for a guerra que se lhe fizer. Era mentira que aqueles incontáveis milhares de mortos fossem todos vietcong. Na verdade, uma boa parte, senão mesmo a maioria, era gente que pouco percebia de porque é que estava em guerra. E, assim como qualquer um de nós, quando lhe morria um da família às mãos dos “estrangeiros” não se importavam de dar guarida e cobertura ao Vietcong, ou mesmo juntar-se às suas fileiras. Quantos mais supostos vietcongs os americanos matavam, mais estavam a criar.
O mesmo se passa com os movimentos extremistas islâmicos, com a agravante de as populações do Líbano não serem tão ignorantes e ideologicamente desligadas quanto os camponeses perdidos no meio do Vietnam.