quinta-feira, março 19

¿Por qué no te callas?

Onde anda o Rei de Espanha quando precisamos dele?

Não sei se a maioria dos católicos aceitam as gaffes e as incorrecções de um Vaticano que sempre se arrogou uma aura de infalibilidade. Se fazem vista grossa sobre readmissões de bispos lefebvristas e negacionistas.
Não acho que se revejam nas posições homofóbicas e discrimatórias face ao direito dos homossexuais de ver as suas relações reconhecidas legal e socialmente.
Não penso que vejam a mínima réstia de caridade e de bom senso em excomungar uma criança de 9 anos por ter abortado depois de te ter sido violada pelo padrasto.

Mas aquilo de que tenho plena certeza é de que não toleram, como não tolero eu, a forma como o Papa se deslocou a África para impunemente destruir o trabalho, muitas vezes desesperado, de quem há décadas luta para mudar consciências e hábitos como a única forma de combater o flagelo da SIDA.

Acabado de ser eleito Sumo Pontífice, apenas lhe impunham os paramentos papais, o Cardeal Joseph Ratzinger decidiu que queria consagrar o seu pontificado a S. Bento. A outra razão que apontou para a escolha do nome foi a de que esperava, tal como o seu predecessor onomástico, Bento XV, ter tido um pontificado curto.
Que assim seja, Sua Santidade, que assim seja.