De Espanha...
Só para que conste, acho absolutamente lamentável que em Espanha se coloquem os resultados de uma eleição à frente da estabilidade de um continente. A posição espanhola de oposição à declaração de independência do Kosovo coloca em causa a capacidade de resposta da União Europeia, que até tem tropas no terreno. E tudo porque o governo Zapatero não se pode dar ao luxo de reconhecer a independência de uma província em relação a um país soberano com medo que se abra um precedente que os bascos e os catalães possam usar.
O Chipre, a mãos com uma divisão dentro do seu próprio território e a Grécia, aliada tradicional de Nicósia, também não reconheceram a independência kosovar. Isto apesar de todas as ressalvas e chamadas de atenção dos negociadores europeus para o facto qualquer resolução da situação no Kosovo não abrir um precedente jurídico.
Já se sabia, nos bastidores diplomáticos, que eram estes os países que estavam a dificultar a vida ao Kosovo no ceio da própria União mas, por momentos, parecia-me que os esforços da Eslovénia, mesmo antes de assumir a presidência da União iriam dar frutos e a Europa ia conseguir ter uma só voz na resolução de um problema que é europeu. Seria este suceder de sucessos, depois da assinatura do Tratado de Lisboa (e o garantir da sua ratificação), que iriam dar um novo momentum ao projecto de construção europeia e começar a escrever as primeiras linhas do último capítulo de um livro que se teima em não fechar: o da Guerra Fria e das relações com o "aliado" russo.
Mas, em vez disso, estes três países decidiram demitir-se das suas responsabilidades. Em vez disso, os governantes da Espanha, um dos 5 maiores países da União, decidiram que umas décimas nas sondagens eram preferíveis ao estabelecer de condições à acção "unida" da União no último conflito nos Balcãs. Condições que estavam de resto reunidas, com forças de intervenção rápida no terreno, sob a égide da Eslovénia, o primeiro dos países da Ex-Jugoslávia a aderir à União e a assumir a sua presidência rotativa.
O Chipre, a mãos com uma divisão dentro do seu próprio território e a Grécia, aliada tradicional de Nicósia, também não reconheceram a independência kosovar. Isto apesar de todas as ressalvas e chamadas de atenção dos negociadores europeus para o facto qualquer resolução da situação no Kosovo não abrir um precedente jurídico.
Já se sabia, nos bastidores diplomáticos, que eram estes os países que estavam a dificultar a vida ao Kosovo no ceio da própria União mas, por momentos, parecia-me que os esforços da Eslovénia, mesmo antes de assumir a presidência da União iriam dar frutos e a Europa ia conseguir ter uma só voz na resolução de um problema que é europeu. Seria este suceder de sucessos, depois da assinatura do Tratado de Lisboa (e o garantir da sua ratificação), que iriam dar um novo momentum ao projecto de construção europeia e começar a escrever as primeiras linhas do último capítulo de um livro que se teima em não fechar: o da Guerra Fria e das relações com o "aliado" russo.
Mas, em vez disso, estes três países decidiram demitir-se das suas responsabilidades. Em vez disso, os governantes da Espanha, um dos 5 maiores países da União, decidiram que umas décimas nas sondagens eram preferíveis ao estabelecer de condições à acção "unida" da União no último conflito nos Balcãs. Condições que estavam de resto reunidas, com forças de intervenção rápida no terreno, sob a égide da Eslovénia, o primeiro dos países da Ex-Jugoslávia a aderir à União e a assumir a sua presidência rotativa.