Eu, que quando saio de Portugal não me enfio no Brasil, mas tento ir para sítios melhores do que Portugal, conheço pessoas de muitos lados da Europa.
Não sou, decerto, o único... o palmarés da Joana Mil-homens nesse aspecto, por exemplo, é por demais reconhecido... mas nas minhas andanças encontrei um tipo grego, de seu nome Giorgios Mitsospoulos (
Big G para os amigos) que, graças ao conflito latente que opõe o seu país à Turquia desde que a Grécia se separou (exactamente da Turquia), está colocado na fronteira Norte do país, de arma apontada ao
lado de lá.
O interessante é que esse meu amigo conta que, nos dias de folga, desce até à aldeia fronteiriça e vai à tasca confratenizar (quem o diria possível) com os turcos!
Pois é, ele conta-me que os turcos (e no exército à turcos de todo o lado) e os gregos têm mais em comum que nós e os gregos, incomensuravelmente mais que os dinamarqueses e os gregos... e então os britânicos (qualquer um dos 4 tipos de britânicos) estão noutro planeta, quando comparados com turcos e gregos.
A teoria de que Israel devia entrar na União não é descabida. Talvez se mudasse o nome da União
Europeia, para União
de Comércio Livre, e a
Europa passasse a ser o reduto que encontrasse semelhanças culturais suficientes para suportar um processo de integração política, por exemplo através de uma Constituição. Os nomes são o que menos me preocupa.
Esta história de integrar os países comercial e financeiramente parece ser a única forma sustentada de paz, capaz de pôr cobro a diferendos insolúveis... e não há, nem no Médio Oriente, diferendo mais insolúvel do que o que existia entre a França e a Alemanha, antes de tomarem a atitude inteligente de se
obrigarem a um espaço comercial livre.
Já alguém dizia (não sei mesmo quem):
"Se querem paz na Jugoslávia; se querem paz entre Israel e Palestina... o melhor é mesmo fazê-los aderir à União Europeia!"
Se não lhe querem chamar
Europeia e dar um nome menos melindroso...
by all means.
Miguel Maia