segunda-feira, fevereiro 28

4-0

Digam o que disserem, o Sporting é o maior!!! Verdinhos como o nosso blog...

Óscares - Índice

Não ganhou o Clive Owen (mas gostei do Morgan Freeman)
Ganhou a Cate Blanchett (iei, iei - era o vestido mais giro da noite...)
Não ganhou a Cate Winslet (e ganhouo a outra bimba da Swank)
Não ganhou o Johnny Depp (mas factor filha fez-me gostar do Jamie, o que é que querem, sou gaja...)
Ganhou o Clint (iei iei...)
Não ganhou o Finding Neverland (filmes poéticos, nunca ganham....)

Chorei baba e ranho. Não gostei dos óscares entrgues nas coxias...

E é tudo - não me demito... Não tenho a "honra" do Paulito...

domingo, fevereiro 27

Óscares

Quero que ganhe o Clive Owen.
Quero que ganhe a Cate Blanchett.
Quero que ganhe a Cate Winslet.
Quero que ganhe o Johnny Depp.
Quero que ganhe o Clint Eastwood.
Quero que ganhe o Finding Neverland.

E como a academia não me vai fazer a vontade, imitando o Paulinho, amanhã demito-me...

sábado, fevereiro 26

Má Língua

Não posso deixar de assinalar que há pessoas que gostam mesmo de má língua... Depois de passar 4 dias em Bruxelas a dizer mal de Portugal, como se viu aqui, agora o Miguel resolveu dizer mal da Europa em geral...

Victor Hugo

Comemora-se hoje o 203º aniversário de Victor Hugo. Por isso e porque considero que há coisas que nunca mudam resolvi por aqui um excerto d' Os Miseráveis. Para mostrar que um texto de 1845 (foi publicado em 1862) ainda se mantém actual...

" Apesar dos seus sentimentos democráticos (...), não tinha ainda tocado a meta de todos os progressos. Ainda não sabia descriminar entre o que é escrito pelo homem e o que é escrito por Deus, entre lei e direito. Ainda não havia examinado e ponderado o direito que o homem se arroga de dispor do irrevogável e do irremediável. Não lhe causava indignação a palavra vindicta. Figurava-se-lhe uma coisa natural que certas infracções de lei escrita fossem seguidas de penas eternas e aceitava como meio de civilização o inferno social"

sexta-feira, fevereiro 25

O mal dos Espanhóis

Portugal é uma ilha. Está rodeado por um mar de água de um lado e um mar de imbecilidade, gritaria e demasiada maquilhagem por outro.

Miguel Maia

O mal dos Países-baixenses

O jogo do Sporting contra o Feyenoord, para além de pôr em evidência a classe do meio campo sportinguista (é aproveitar, é aproveitar! que eu não falo assim do Sporting todos os dias), deixou-nos perceber como os problemas de hooliganismo são radicalmente piores lá do que aqui, apesar do espalhafato com que normalmente se referem à violência dos nossos estádio.

Por um lado, fica provado que os nossos sistemas de segurança (e escuso de falar do mundo pós-11 de Setembro) não eram assim tão maus, nem os deles tinham sido assim tão bons.

Por outro lado, gostava de vos lembrar (ou dizer a quem não saiba) que nas últimas eleições para o governo regional da Flandres, todas as forças políticas, dos comunistas aos democratas cristão, tiveram que montar uma coligação total como única forma de evitar a entrada do Vlaamse Blok (de direita nacionalista) no governo. É como se em Portugal se tivesse chegado ao ponto de termos que coligar o Bloco, a CDU, o PS, o PSD e o PP para evitar que o Partido Nacional Renovador entrasse no governo.

Miguel Maia

Ganda Noia!!!!

Nunca esperei que o PSD tivesse um líder da (e não à minha...) altura!!!

Marques Mendes arrasa com eles, o Mundo é dos baixinhos (e vê o que o Hitler fez...)!!!

quinta-feira, fevereiro 24

Novo reforço

Está garantido o ingresso do ponta-de-lança Wagner Love no Benfica.

Esta contratação vem no seguimento da política de aquisição do avançado da equipa que elimina os encarnados da Taça UEFA (a única competição europeia em que se têm visto envolvidos), ao que acresce o facto de ter chegado a marcar um golo ao FC Porto em pleno Estádio do Dragão.

Para além de Love, esta política já levou à Luz nomes míticos como os de Pringle, Sabri e mais recentemente Azar Karadas, para além de quase ter levado outro poderoso avançado nórdico que respondia pelo nome de Rushfeld.

Espera-se que os jornalistas da nossa praça, que já não recebem uma benesse destas desde que Pena foi contratado pelo Porto, não deixem os seus créditos por mãos alheias e façam fabulosos títulos como From Russia with Love.

Miguel Maia

PS - Esta notícia, na minha boca ou nas páginas de um qualquer jornal desportivo, é tão falsa como a do Robinho, ou talvez ainda menos.

De regresso

Este blog tem sido dominado pelas vozes da Joana e do Miguel. Os outros membros ou andam distraídos (e há tanto tempo) ou estiveram noutro continente (o meu caso). Também eu quero meter a minha colherada acerca das eleições e quejandos. Mas tenho pouco para dar. Não presenciei a campanha, nem a noite das eleições (que é sempre um memorável momento). Os resultados não me surpreendem. Pressentia a maioria absoluta, não me deixa contente ou triste, só desconfiado. Fico feliz com os oito deputados do Bloco, a partir daqui é sempre a descer, é a melhor maneira de nos livrarmos deste grupelho. Ficaremos também livres do grande mitómano que é o Santana Lopes, mas perderemos a sua graça. Esperemos que Sócrates não seja a sua versão séria. Vai-se Paulo Portas, entistece-me apesar de não ser seu votante ou pertencer à sua área política - quanto menos pessoas inteligentes pior, e, assim, estamos pior. Finalmente, temo que continue tudo igual, e que só mude o que não deve ser mudado ou o que simplesmente não tem importância alguma. Não estou nada optimista, mas anseio estar errado. É este o meu estado de espírito.

João Lameira

O mal dos Italianos

O último jogo do Porto só vem provar uma coisa acerca da república irmã de Itália, que alguns dos seus mais ilustres cidadãos já vão admitindo.
Os nossos irmãos transalpinos (ou cis-alpinos do seu esclarecido ponto de vista, em que trans-alpinos são os outros todos) pensam que jogar em casa vai-lhes dar algum tipo de vantagem. O seu mal é esse, agarram-se demasiado a lógicas e a tácticas ultrapssadas. Os jogadores do Porto não têm medo do ambiente do San Siro (reparem como eu respeito a designação que o Inter dá ao estádio) e não é isso que havia de os fazer perder a eliminatória.

Miguel Maia

Esperança

Sei que sou do Sporting e estou habituada a pedir o impossível...

Mas espero, Miguel, que a bandeira do PSD não seja o défice e que, daqui a 4 anos, este seja um assunto resolvido...

Joana

Considerações Femininas

Como única miúda do blog cabe-me a mim comentar a imagem dos nossos políticos, em especial daqueles que ousaram concorrer ao cargo de Primeiro-Ministro.

Muito se fala da vaidade de Sócrates. Do recurso aos grandes estilistas. Parece-me (e sei que tenho a Vogue comigo) que há falta de mão feminina... (não, não é nenhuma alusão aos boatos, se fosse gay não cometia estes erros...) Aquelas gravatas... O fato côr-de-burro-quando-foge... Enfim, espero que ele não pague tanto pelos fatos como consta, porque o resultado é mesmo pouco apelativo, o que até faz pena, visto que o senhor até tem boa figura.

Um pequeno àparte: quem é o fotografo do PS???!!!! O Sócrates das fotos É MUITO MAIS GIRO...

O Santana... Ai, o Santana... Ainda me vão explicar como é que o homem tem tantos filhos... Será que as mulheres são cegas?... Os fatos sem corte nenhum, o cabelo lambidinho, com caracol na nuca... Valha-nos Deus, não há palavras...

O senhor ex-operário é fiel ao estilo comuna. Cores escuras (tonalidades outonais, em linguagem Vogue), formas quadradas. Parece que Jerónimo não renova o roupeiro desde os anos 70. Aliás, os comícios da campanha eram de uma pobreza franciscana no que diz respeito ao uso de côr nas idumentárias...

Paulo Portas prima pelo bom-gosto. Custa-me dizê-lo mas é a verdade. Vê-se que os fatos são bons. Não bons no sentido noveau-riche de Sócrates. Mas bons pelo corte e escolha dos tecidos. A escolha de gravatas também é, quase sempre, irrepreensível...

Por fim, last but not least, Louçã. Também ele fiel ao estilo minimal-comuna, mas com um ar mais blazé. Não aprecio grandemente, confesso. As coisas podem ser simples e ter bom ar... Acho que podia pôr os olhos no Miguel Portas (se bem que este parece sofrer de daltonismo no que diz respeito a peúgas...).

Enfim, não é o meu post mais edificante, mas faltava esta análisa da campanha...

Bandeiras

Até aposto que já sei quais vão ser as bandeiras dos príncipais partidos na campanha (que por aí a rebentar) para as legislativas de 2008. Aliás, sempre tive a ideia de que estas coisas se tornam claras exactamente no momento em que se fazem os discursos da noite eleitoral do acto anterior. Desta vez quero pôr esta esperiência sociológica à prova e deixar à posteridade as minhas previsões.

A campanha do PS é, talvez, a que ainda me levante mais dúvidas porque, apesar de tudo, é capaz de ter um bocadinho a ver com o que eles vão ou não fazer... mas não muito.
Mesmo assim, de certeza que vão dizer "que a maioria é uma experiência a repetir", "que fizeram muito por este país" e "não cairam na tentação de, como outros, pôr a maioria ao serviço do partido, mas ao serviço de Portugal"... no fundo, "que precisam de uma nova maioria clara para poder manter Portugal no rumo dos progressos que foram feitos nestes últimos 4 anos"... sejam eles quais forem.

Já as bandeiras do PSD são clarinhas como água: "O país está de pantanas", "ai, o défice! ai o défice!", "o PSD vai, mais uma vez na sua história, ter que corrigir o despesismo socialista e oferecer a Portugal uma solução de governação responsável", "eles, que nem souberam negociar na União os fundos comunitários e deixaram o país de rastos"... embora não ache que se arrisquem a usar o termo "tanga" outra vez...
Por fim "o sonho de Sá Carneiro": um presidente, o Cavaco, uma maioria e um governo (que, se bem me lembro, é repetir duas vezes a mesma coisa... o que até fica mal para um partido que se diz da eficácia).

A CDU tem as mesmas bandeiras desde que existe, nem tem piada estar aqui a prever o que é que eles vão dizer.

O PP vai dizer "que é tempo de voltar ao governo", "que já tem provas dadas" e vai apelar à imagem cândida do "saudoso Paulo Portas". "A esquerda deixou o país de rastos", numa tentativa de se colar ao PSD para a coligaçãozinha e "repetir o exemplo de Portas", seja qual for o cargo que ele assuma "em nome de um ideal de centro-direita e direita democrática".

O Bloco vai estar à rasca porque corre o risco de se tornar evidente que 3 deputados faziam tanto barulho como 8, se não faziam ainda mais, lá no sua aldeia de irredutíveis gauleses, contra as forças corruptas da civilização. Mesmo assim, as bandeiras devem ser iguais às da CDU, só que sem usar literalmente os termos "piscar o olho à direita" ou "governar contra os trabalhadores" em "favor dos grandes interesses instalados".

A ver vamos.

Miguel Maia

Piada fácil

Acho que é altura de nos livrarmos desta piada e de a pormos atrás das costas... é demasiado óbvia e acho importante que alguém a diga de uma vez por todas, em vez de andar a rodear o assunto como fez a Joana:

"Só sei que nada sei."
Sócrates
(não este, mas o outro que era pederasta... outra bela piada que ninguém quer dizer)

Pronto, já está.

Miguel Maia

quarta-feira, fevereiro 23

A Montanha Pariu um Rato?

Realmente o país virou à esquerda. No entanto, ao contrário do que diz o Miguel, não creio que tenha sido pelo Sócrates. Mais, parece-me que estamos todos galvanizados com um facto que talvez não tenha efeitos "à altura".

Em primeiro lugar, mais do que uma vitória da esquerda, esta foi uma grande derrota da direita. A esquerda (o PS, sobretudo) ganha, não devido a qualidades próprias, mas devido à falta de qualidades do adversário (é como quando eu ganho um jogo de matrecos a alguém que nunca jogou... Não é porque tenha grande domínio sobre a coisa...).

Depois (e esta frase bem podia ser proferida por Pedro Santana Lopes ou Paulo Portas) o futuro a Deus pertence. E nestas eleições, mais do que nunca. Ninguém sabe o que Sócrates vai fazer. Ninguém tem a mais pálida ideia de qual vai ser o Governo. Só sei que nada sabemos (hmmm, será que este se inspira no outro Sócraes???). Ou melhor, sabemos que está tudo mal e que é preciso muito trabalho. Mas ainda ninguém nos falou em soluções.

Aquilo que quero dizer é que os resultados eleitorais mostram uma crença de que na esquerda reside a solução. Uma crença que se manifestou em massa. E que merece uma resposta à altura. Que eu não sei se vai ter....

Joana

terça-feira, fevereiro 22

É desta... já dizia o sportinguista

Parece que o Santana finalmente largou o osso e admitiu que não se consegue candidatar à liderança do PSD no próximo congresso. Com o Portas provavelmente a pensar no que pode conseguir em nome pessoal, agora que o Pp já não consegue dar-lhe mais nada, o ciclo fechou-se de vez... com um canto de cisne de que arrastou o ridículo que foi a presença do Pedro no poder por umas 24 horas tão inúteis como os 8 meses que as precederam.

Acho mesmo que Portugal é um país de esquerda. Acho que o resultado das eleições que tem havido é a prova disso. Se pensarmos que o PS numa situação semelhante, faz agora uns 3 anos, conseguiu ficar a 3% do PSD e que o PSD agora ficou a 16%, acho que Portugal é, antes do mais, um país europeu e que acredita num modelo social não belicista, nem fundamentalista, nem liberal, nem errado.
O Sócrates, honra lhe seja feita, conseguiu fazer o que não tinha sido conseguido antes. Não só ganhou uma maioria absoluta no parlamento como deixou a outra facção política quase com menos de um terço dos votos (o que até quase que dava para mudar constituições e coisas do género, sem ter que lhes perguntar nada). Não sei se isto é completamente positivo, aliás, tenho a certeza que não... mas é, de facto, inaudito. E se pensarmos bem, o que ele fez foi, pura e simplesmente, dizer que era de esquerda, sem dizer de que esquerda, com que propósito ou intenção. Parece claro que, na semana em que se soube que a palavra Mourinho é a que mais garantias de venda dá a qualquer comerciante em Inglaterra (agora é que a Princesa Diana foi irremediavelmente destronada), que a palavra Esquerda basta para que em Portugal se volte a acreditar em qualquer coisa.

Miguel Maia

Uma ou outra pedrita...

Tenho-me esquecido de deixar para a posteridade esta história verídica:

A família, do lado da minha Mãe, pertence à paróquia de S. João de Brito, em Lisboa. Paróquia do Padre Lereno. Ora, no ano passado, na missa de celebração (?!) de um ano da morte do meu Avô, assisti a uma homília, no mínimo, engraçada. Estava-se na Quaresma e o Padre Lereno resolve falar daquele célebre episódio em que Jesus, querendo defender Maria Madalena, diz:

"Quem nunca pecou, que atire a primeira pedra". E o Padre Lereno remata:

"Apesar de Madalena, a prostituta, merecer uma ou outra pedrita, ninguém ousou atirar-lhe nada".

E acho que não preciso dizer mais nada...

Joana

segunda-feira, fevereiro 21

Para que se saiba...

Assim que sairam as primeiras sondagens, portanto por volta das 20h de ontem, comecei logo a receber telefonemas, de quem me julga comuna, de felicitações. Em primeiro lugar, irrita-me o tonzinho de "toma lá a ver o que é que vocês conseguem fazer". Hei, foi o PSD e o PP que se arruinaram nos últimos 8 meses (sem falar dos outros dois anos...). E todos vocês sabem isso.

Irrita-me o espírito clubistico aplicado à política. Sou fiel ao Sporting desde o dia em que nasci (e acreditem, muitos tentaram corromper-me...). Mas desde que voto, e ainda não voto há tanto tempo assim, já devo ter votado em quase todos os partidos (confesso: no PP nunca votei...).

Sobre a minha indefinição política já escrevi aqui. É verdade que sou incoerente em muitas coisas (em quase tudo, faz parte do meu charme natural...), mas costumo pensar sobre as coisas. E se ser do Sporting é quase uma questão de Fé, do domínio dos afectos, levo a sério o meu direito ao voto. Podemos falar dos ideais de cada um dos partidos, de valores, etc., etc., etc. Mas ninguém, com os níveis de sanidade democrática normalizados, pode acusar quem quer que seja, por ter votado à esquerda.

Sinto-me quase ofendida por quem me confunde com alguém que é coerente... Sinto-me quase ofendida, por me julgarem radical, logo eu que sou tão transparente...
Foi só um desabafo...

Joana

O Drama da Noite

O discurso de Santana Lopes... Com a Graça de Deus este já era...

O Brinde da Noite

A demissão de Paulo Portas...

Resultados

PS - Maioria absoluta com 45,03% dos votos e 120 deputados

PSD - A grande derrota com 28,7% dos votos e 72 deputados

CDU - De novo a terceira força no parlamento com 7,57% dos votos e 14 deputados

PP - Uma baixa não muito significativa com 7,27% dos votos e 12 deputados

BE - O maior crescimento com 6,38% dos votos e 8 deputados

fonte: SIC online

domingo, fevereiro 20

O Povo Falou

E decidiu que é de esquerda...

sábado, fevereiro 19

Reflexão

Ah, se a política não fosse tão importante,
ah, e se não se falasse da campanha,
ah, e se os telejornais voltassem
a mostrar como é belo o nosso mundo.

Ah, com a Graça de Deus,
dia 21 voltamos a ter
o Jornal Nacional às 20h
p'ra nos entreter...

Voltamos aos crimes passionais,
Às catástrofes naturais,
À pobreza do velhinho,
À desgraça do vizinho.

Sei que é um sinal de pequenez da minha parte, mas prefiro os quinze dias de campanha e inerentes fait divers que um ano de notícias do costume....

Joana

Reflexão Zen

OOOOOUUUUUmmmmmmmmmmmmmmm

Dia de reflexão

Aah, e se a política não fosse importante?
e se nunca se falasse dela, como se estivessemos num jogo de palavras proibidas?
e se as televisões e as rádios e os jornais fossem obrigados por uma lei tola a buscar factos verdadeiramente interessantes e novos?
e se viesse uma boa razão para termos que falar do que se passa no país, para além do que sempre esteve previsto que acontecesse?
e se,
de repente,
o resto do mundo,
em toda a sua confusa e fértil complexidade,
voltasse a existir?
e se fosse decretado um Ano de reflexão?

Miguel Maia

sexta-feira, fevereiro 18

Então e eu?

O Santana não me escreveu. Ouvi dizer que ele não ia escrever a toda a gente, mas apenas a alguns... Deve ser daí que vem o "Caro Amigo" e, assim sendo, também não fico muito chateado de não me ter escrito.

Já o Sócrates, até nisto me desiludiu. Afinal de contas eu sou "Eleitor" e eles disseram que iam enviar para todas as casas... Não devo ser "Caro", deve ser esse o problema. Mas agora, só por causa desta estou a pensar em votar branco... Se ele pensa que eu me vendo barato...
Quanto ao PS, só gostava de ter uma garantia: que não vão deixar o Sócrates sozinho no governo (e não estou a falar de outro partido) mas que o convençam que eu não sabe, que ele não consegue gerir uma coisa tão complicada como uma república inteira...
Deus queira que ele não se iluda com o facto de ter ganho e confunda isso com o facto de ser mesmo capaz. Deus queira que o António Vitorino ou o Augusto Santos Silva ou o Jaime Gama não se esqueçam de lhe dizer que ele só serve para dizer que "Quem conta com ________ (preencher com nome do sítio onde se está) tem sempre mais do que a conta!!!" porque parece que ninguém repara que ele diz sempre a mesma coisa e, de uma maneira provinciana(assustadoramente provinciana), parece que está aí o segredo da maioria absoluta... se o Guterres soubesse que era assim tão fácil.

Miguel Maia

Campanha Epistolar

Porque acho que as pérolas da literatura não devem ser esquecidas, deixo aqui registo (e comentários) às cartas que ontem recebi, uma de Santana Lopes, outra do Sócrates.


Em 1º lugar a de Santana:

Caro(a) Amigo(a),

(Amiga???!!!! Eu não, de certeza, nem ninguém lá de casa. Aliás, o próprio Pedro devia estar traumatizado com os "amigos", e.g. Henrique Chaves...)

Não pare de ler esta carta.

(Assim, a bold e tudo. Porque o senhor gosta de dar ordens. Porque o senhor não se apercebeu que o autoritarismo está démodé.)

Se o fizer, fará o mesmo que o Presidente da República fez a Portugal, ao interromper um conjunto de medidas que beneficiavam os portugueses e as portuguesas.

(Sampaio é mau e cheira mal dos pés... Oh Pedro, acho mal dizeres estas coisas do único homem em Portugal que achou que tu podias ser Primeiro-Ministro...)

Portugal precisa do seu voto para fazer justiça.

(...e correr com a direita do Governo...)

Só com o seu voto será possível prosseguir as políticas que favorecem os que menos ganham e que exigem mais dos que mais têm e mais recebem.

(De novo o uso abusivo do bold. Santana candidata-se a Robin dos Bosques. Lembro-me dos desenhos animados: "ao Robin, nós chamamos-lhe assim, com a seta apontada, não lhe escapa nada"...)

Você não costuma votar, e não é por acaso.

(Por acaso até costumo votar. Acho que esta carta não é mesmo para mim...)

Afastou-se pelas mesmas razões que eles nos querem afastar.

(Começa aqui o mistério... o eles... Medo...)

E quem são eles?

(aha, o mistério vai ser desvendado...)

Alguns poderosos a quem interessa que tudo fique na mesma.

Incluindo a velha maneira de fazer política.

(foi bluff... Ainda não é desta que sabemos quem são eles... Ele fala, fala, fala....)

Eles acham que eu sou de fora do sistema que eles querem manter. Já pensou bem nisso?

(ahhhh.... Já! E até acho que eles têm razão. Mesmo sem saber quem são eles...)

Provavelmente nós temos algo em comum: não nos damos bem com este sistema.

(Agora achei que ele ia falar do Sporting... É a única coisa que temos em comum... Dou-me bastante bem com a democracia, embora entenda que o Pedro não se dê bem com ela: um Primeiro-Ministro não eleito, não gosta de eleições...)

Tenho defeitos como todos os seres humanos, mas conhece algum polítco em Portugal que eles tratem tão mal como a mim?

(novamente o bold. Aqui comovo-me. Eles são mesmo maus...)

Também o tratam mal a si. Já somos vários.

(Será que eles são das repartições de finanças? Ou dos hospitais?)

Ajude-me a fazer-lhes frente.

(A quem, pelo amor de Deus, a quem???!!!!!)

Desta vez, venha votar. É um favor que lhe peço!

(Pedro, te garanto, tu não me queres ficar a dever favores...)

Por todos nós,

(Nós quem??? Primeiro a incógnita eram eles, agora somos nós... Acho que o PSD tem um problema de identidade....)

(gatafunho da assinatura)

Pedro Santana Lopes


Agora a missiva de Sócrates:

(em letras garrafais: Hora de Mudar)

(em gatafunho) Estimado(a) eleitor(a):

(mmmm, sim, sou eu...)

Começo por pedir-lhe alguns instantes de atenção porque a leitura desta carta poderá ajudar a mudar Portugal.

(Gosto do pedido (vs a ordem da outra carta...), fico com vontade de ler, porque quero mesmo mudar Portugal...)

Das eleições do próximo dia 20 sairá um novo Governo para o País.

(E novidades???)

Trata-se de uma ocasião única para pormos termo a um período conturbado e pessimista da vida nacional.

(Mais novidades... Ouve lá, amigo, sou eleitora, mas não sou parva (acho...))

A candidatura do PS, que eu lidero, apresenta a única proposta eleitoral que assegura
  • Estabilidade política
  • Crescimento económico
  • Rigor nas finanças públicas
  • Combate ao desemprego
  • Apoio aos mais pobres

(mmmm:

  • Acho que todos dizem mais ou menos isso
  • Não gostei do "que eu lidero", cadê seu espirito de equipa? Não te tentes destacar...
  • Vou guardar esta carta, para ver o que é que vais mesmo fazer....

Estas seriam, só por si, boas razões para lhe pedir um voto de confiança para governar Portugal - para podermos voltar a acreditar no nosso País e nas capacidades que temos para andar em frente.

(Volto a dizer, estas promessas não chegam... Isto sei eu dizer, o que tu devias dizer é como vais fazer isto tudo...)

No entanto, nestas eleições temos também de escolher um bom Governo, um Governo credível e sério, que seja um factor de estabilidade e progresso e dê ambição e confiança ao nosso País.

(Quem?? Quem vai estar no Governo?? Será que me vais dizer????)

Por isso, por muita que seja a desilusão com o que correu nos últimos meses, as eleições do próximo dia 20 não podem deixar-nos indiferentes.

(Sim, a tua campanha foi uma desilusão, ainda bem que admites...)

Esta é a oportunidade única de Portugal reencontrar o caminho certo. De escolher o Governo certo. De traçar o rumo certo.

(blá, blá, blá.... Quem vai ser ministro, quem?????)

Não podemos deixar de assumir essa responsabilidade.

(Quem somos nós... Os mesmos da outra carta???)

Se queremos mudar-mais estabilidade, mais rigor, mais progresso-temos de votar no PS.

(Temos?? É impressão minha ou ele está-se a repetir??)

Com o seu voto, estou certo de que conseguiremos concretizar as nossas aspirações colectivas.

(Metro em Campo de Ourique! Metro em Campo de Ourique!, ou não é disso que ele está a falar...)

Confio em si. Acredito nos Portugueses.

(ah, a fé neste povo comove-me... Mas será fé ou sondagens???)

(gatafunho da assinatura)

José Sócrates

(uma irrelevante nota feminina: esta carta traz uma foto do Sócrates: ele é bastante fotogénico...)

quarta-feira, fevereiro 16

"Coimbra tem mais encanto na hora da despedida"

De facto, e pelas mais deploráveis razões, a morte da irmã Lúcia pôs-me a pensar na condição do nosso país. Milhares de pessoas deslocaram-se a Coimbra (como o Miguel tão bem testemunhou) para assistirem de perto a todo o cerimonial fúnebre pela última sobrevivente dos videntes de Fátima. E viveram aquilo com as emoções à flor da pele. E choraram. E cantaram. Não estava lá, mas os três maiores canais de televisão transmitiram tudo em directo, pelo que, desconfio, deve ter havido mais uns quantos milhares de velhotas (e não só), mais comodistas, que sofreram tudo em casa.

Em primeiro lugar, assusta-me que aquela gente vá votar no Domingo. O futuro do meu país está, em parte, nas mãos de gente como aquela. Ou seja: tudo pode acontecer. Aqueles pequenos crânios arrepanhados pelas mises de cabeleireiros de esquina, estão incumbidos de participar no acto eleitoral de dia 20. E provavelmente estão, a esta altura, muito comovidos pelo Senhor Doutor Santana Lopes ter decretado luto nacional. E pelo facto de o Senhor Doutor Paulinho Portas ter ido (vergonhosamente impingido) à cerimónia que era dedicada, exclusivamente, familiar.

Em segundo lugar, DIA DE LUTO NACIONAL????? Não me lembro de haver luto nacional aquando das mortes de Sophia de Mello Breyner e de Maria de Lurdes Pintasilgo... Já sei que tenho mau feitio, mas parece-me que ao lado de uma escritora excepcional (a quem não deram um Nobel devido a uma injustiça atroz) e da única mulher que alguma vez ocupou o cargo de primeiro-ministro no nosso país, uma freira, velhota, a quem, alegadamente, um dia apareceu a Virgem Maria (repito: a Virgem apareceu-lhe, ela estava apenas no sítio certo, à hora certa...), não ressalta como símbolo daquilo que os portugueses são capazes de fazer...

Em terceiro e último lugar, quando se fala tanto do aumento da idade da reforma, da falência da Segurança Social, etc., convém reflectir sobre o que se fará com os velhos. Porque o exagero de ontem, mais do que uma demonstração de afecto/religião, foi um retrato de um manto de gente desocupada, que vive para os fait divers. É um retrato de gente infeliz, de gente sózinha. De gente a quem a ciência prolongou a vida, mas não a qualidade de vida. Ontem era vê-los contentes por terem com quem falar, a conhecerem caras novas. Não é a primeira vez que penso nisto (até porque como vivo perto da Basílica da Estrela, estou habituada a observar o fascínio mórbido que atrai os mais velhos para este tipo de eventos), mas acho que foi a primeira vez que vi que isto era um problema à escala nacional (e não apenas de Campo de Ourique...).

Acima de tudo o que queria dizer ao Miguel (os outros ou estão em viagem ou não nos ligam) é que tenho muita pena das beatas. Quão má pode ser vida para que a passem na sacristia?

Joana

Religião

Acho que escolhi a altura certa para andar a ler "O Crime do Padre Amaro". As beatas são o pior mal da Religião Cristã, versão Católica. São uma espécie de claque organizada da Igreja, que acompanha a equipa todos os Domingos e sem a qual tudo seria demasiad aborrecido. Mas, tal como com as claques, temos que nos perguntar se a Igreja não estaria melhor se se reservasse aos que não precisam dela para expulsar os seus instintos mais malignos - e olhem que entre as pulsões violentas de um membro da Mancha Negra (força Académica, a recuperação está aí) e o veneno de uma beata da paróquia de Coimbra venha o Diabo e escolha (e o quanto antes, já agora). se uma beata, do alto da sua verborreia ignorante e provinciana incomoda qualquer um, ontem, à porta da Sé Nova de Coimbra - sim sim, é verdade, fui atraído para aquele circo mediático como o a proverbial mosca para a lâmpada, dirá a Joana - tive o privilégio de saber como seria viver no meio de 20000 ou mais, juntas num só lugar... se isto é o Inferno, eu prometo que a partir de agora me vou portar bem...

"Ai o que eu gosto de ouvir o Cardeal a falar...
"Pois é, o D. José Policarpo. 1-0 por saber o nome do Cardeal
"Olha, aquela é a Maria da Conceição, aquela que anda sempre com aquele padre novo...
"Pois anda, pois anda... eu não gosto nada dele. E ela também anda tão magrita, coitada...
"Sim, desde que lhe faleceu o marido, Deus o Tenha e Guarde. 1-1 por falar o nome de Deus numa menção bacoca a alguém que morreu
"Ai, esta gente não sabe estar... andam sempre a empurrar, que horror, e está tanto Sol...
"Pois. Mas a gente faz isto porque é mais assim uma coisa de uma Fé que a gente tem. 2-1, pela conquista de ascendente moral sobre o adversário
"Olha acho que é o caixão que vai sair... 2-2
"O caixão, pois é... 3-2, dois pontos fáceis de parte a parte
"
Ai pobre Lúcia, nunca me deixavam vê-la em vida, ao menos pude vê-la em morta, que é assim uma coisa que a gente tem, por causa da Fé, não é...
"Eu consegui vê-la duas vezes, duas... uma ontem de noite, e outra hoje porque também nunca me deixaram vê-la em vida. 3-3 por reconquista da paridade moral
"Pois é, mas eu vim 400 quilómetros do Alentejo até aqui...
" Ai, eu vim só do Porto, qu'ainda são assim uns 100... 7-4, com contação de 1 ponto por cada 100 km
"
Ai não se vê nada... aquele rapaz tem a cabeça grande..."

Miguel Maia

PS - A transposição destes ricos dizeres populares é ipsis verbis e resulta da recolha do vi e ouvi ontem, tanto quanto me lembro.
PS2 - A referência à cabeça grande não era dirigida a mim, até porque, convirão, a minha cabeça, tal como a dos meus caros colegas, está bastante proporcionada em relação ao resto do corpo.

segunda-feira, fevereiro 14

Cri Cri Cri

Até se ouve o vento.... Queremos mais movimento!!!

sexta-feira, fevereiro 11

Enquanto a ala direitista está no Brasil

Eu e a Joana vamos "aguentado as pontas", né?

Quanto ao casamento... não consigo odiar aquela mulher. Aliás, até me assustou a maneira colérica com que a minha mãe a insultava ontem ("Destruidora de lares, foi o mais meigo). A senhora não me aquece nem arrefece, aliás, sendo inglesa, dificilmente o faria.
Se o rapaz quer casar, pois que case... O príncipe, esse sim, tem qualquer coisa de especial, qualquer coisa de único que, afinal de contas, faz dele um estandarte de todo um povo. Aquelas orelhas, aquela pele branca, aquela saia de menina colegial com meia até ao joelho a condizer diz muito do ridículo do que é ser um homem em Inglaterra e mesmo assim viver num país com aquela taxa de gravidez adolescente, qual legião de fãs do Robbie Williams.

Quanto ao resto... o Sócrates cada vez me convence menos, o Santana cada vez me assusta mais e o Paulinho voltou às feiras... Tenho que reconhecer que a máquina do Pp deve ser tremenda porque o homem subiu a um palanque e discursou ao povoadorador... Que mercados são aqueles? Será sempre o mesmo, tipo um Truman Market? De onde é que sairam aquelas peixeiras a bradar alto e bom som os valores da Democracia Cristã e Conservadora? Qual é a probabilidade de uma peixeira ser conservadora?

Miguel Maia

Para entreter

A Blitz quis encontar sósias musicais para os nossos políticos. Aqui vai o resultado...


Pedro Santana Lopes = Tom Jones

José Sócrates = Bryan Ferry

Paulo Portas = Marc Almond

Jerónimo de Sousa = Shane MacGowan

Francisco Louçã = Eminem

Manuel Monteiro = Scott Weiland

Alberto João Jardim = Carmen Miranda

Nuno Morais Sarmento = Henry Rollins

Odete Santos = Cesária Évora

Miguel Portas = Manu Chao

António Vitorino = Prince

Zita Seabra = David Bowie

Jorge Coelho = Devendra Banhart

Cavaco Silva = Axl Rose

Mário Soares = Ozzy Osbourne

Durão Barroso = Roger Waters

Marcelo Rebelo de Sousa = Bono

Luís Delgado = Kenny G.

Pôncio Monteiro = Cat Stevens

O Casamento

Chamem-me conservadora. Chamem-me puritana. Chamem-me o que quiserem.

Mas acho mal que o Carlos case com a Camila.

Além de tudo é feia que nem bode.

É mais uma razão para ser republicana.

terça-feira, fevereiro 1

Democracia

Deixando um pouco de lado a nossa campanha eleitoral, aproveito este espaço para reflectir um pouco sobre as eleições no Iraque. O Público diz hoje que a comunidade internacional está agora preocupada com "o próximo passo" para a democratização do Iraque: a Constituição. Logo aqui, parece-me haver um problema. Para falarmos de próximo passo teria de ter havido outro anteriormente. As eleições. Será que podemos chamar a estas eleições um "passo" para a Democracia? Parece-me que não.

Em primeiro lugar porque a maioria dos sunitas nem sequer se registou. O que equivale chamar democráticas a umas eleições no Reino Unido em que a maior parte dos escoceses não estivesse recenceada.

Em segundo lugar, porque me parece que o povo iraquiano não sabe ainda o que é votar. Neste caso, para votar é importante saber em quem se vota (como inúmeros cartazes do PSD nos têm tão bem ensinado). Como se pode falar em democracia num país onde nem se pode (por diversas circunstâncias normalmente alheias a um clima democrático) ver a cara dos candidatos?

Em terceiro lugar, faz-me espécie (adoro esta expressão) que se fale em democracia sem checks and balances. Quero com isto dizer que quem controlou todo o processo eleitoral (desde tentar gatarantir a segurança daqueles que destemidamente iam votar até à contagem oficial dos votos), foi um conjunto de seres (humanos, parece-me) que estão todos do mesmo lado. Ora isto parece-me muito pouco democrático. Provavelmente a minha pessoa tem apenas uma concepção demasiado clássica daquilo que é a Democracia. A mim pareceu-me que as eleições foram apenas um pretexto para apresentar ao Mundo Iyad Allawi, o novo primeiro-ministro iraquiano.

Em quarto lugar e por defeito de formação, não posso deixar de falar da ausência de jornalistas na área. Os que lá deviam estar estão todos em Amã. Não sei, mas parece-me que o Salazar também tentou que os jornalistas seguissem as eleições de 1958 em Madrid...

Enfim, custa-me pensar na Constituição como o "próximo passo", acho que talvez não seja nem o primeiro passo. Afinal será a Constituição tão necessária à democracia? Veja-se o caso inglês... O que me preocupa, sinceramente, é a imaturidade democrática do povo iraquiano. A democracia não se impõe, constroi-se. E demora tempo, muito tempo. O que os iraquianos precisam é de espaço. Para descobrirem por eles próprios os ideais em que acreditam e em que querem basear o seu estado. Para fazerem a sua revolução. E se eles não quiserem a Democracia, será democrático impô-la?


Joana